Economia

Mantega comemora criação de 600 mil empregos

"Eu diria que esse é um dos melhores resultados do mundo em geração de emprego e um forte indicador econômico", disse o ministro da Fazenda

Segundo o ministro, resultados prévios indicam que a venda de veículos em maio ante abril tiveram crescimento de 12,8% (Antônio Cruz/ABr)

Segundo o ministro, resultados prévios indicam que a venda de veículos em maio ante abril tiveram crescimento de 12,8% (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 17h35.

São Paulo - A criação de 600 mil novos postos de trabalho, nos primeiros quatro meses do ano, reflete o dinamismo da indústria, principalmente a construção civil e serviços, na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que falou a jornalistas hoje (1º), na capital paulista.

"Eu diria que esse é um dos melhores resultados do mundo em geração de emprego e um forte indicador econômico. Mantendo os aumentos do emprego, salário mínimo e massa salarial, temos um mercado consumidor que vai continuar estimulando o crescimento da economia brasileira".

O ministro também atribuiu às importações parte da responsabilidade pelo baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. Ele lembrou que parcela da demanda de consumo foi para o exterior, no período contabilizado, o que influenciou no resultado do PIB de 0,2%. "Tivemos uma expansão da exportação de 0,2% no primeiro trimestre e a expansão das importações de 1,1%".

Segundo Mantega, as importações influenciaram no resultado do PIB porque levaram cerca de 30% do crescimento do trimestre para o exterior. "Isso não é pouca coisa, o que demonstra a necessidade de continuarmos com medidas de defesa comercial para que nosso mercado estimule a nossa produção", ressaltou.

O ministro disse que o crescimento modesto das exportações é reflexo da crise econômica internacional e da dificuldade de alguns países em adquirir produtos brasileiros. Mantega salientou que o país está diante de uma desaceleração de todos os países do mundo.

"Os países europeus estão próximos da recessão, com crescimento abaixo de zero, e mesmo os EUA estão demonstrando pouco dinamismo. E o mais preocupante é uma desaceleração da economia chinesa, indiana e dos demais Brics [grupo de países que inclui ainda Rússia e África do Sul, além do Brasil]. Alguns desses países estão caminhando para a metade do desenvolvimento que tiveram em 2011".

Mantega atribuiu a aceleração da economia brasileira às medidas tomadas pelo governo. "Esse primeiro semestre já ficou para trás, já estamos olhando pelo retrovisor, já estamos dois meses depois desse primeiro trimestre e, principalmente a partir de maio, o nível de atividade econômica no Brasil está se acelerando".

Segundo o ministro, resultados prévios indicam que a venda de veículos em maio ante abril tiveram crescimento de 12,8%, o que já demonstra resultado das medidas de estímulo do governo para o setor.

Mantega estimou que a partir do segundo trimestre de 2012 já se perceberá efeitos da redução da taxa de juros para 8,5%. "Essa é a menor [taxa da Selic] dos últimos 30, 40 anos, e isso ajuda muito a economia; além disso, os bancos privados e públicos estão reduzindo as taxas e aumentando o credito. Nós vamos ter um cenário de política monetária mais favorável ao crescimento".

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