Economia

Mantega anuncia aumento de R$10 bi do superávit primário de 2011

Ministro disse que objetivo da medida é diminuir os gastos e permitir a queda dos juros

Mantega: " Eu estou anunciando um aumento para R$ 91 bilhões (do superávit)" (Wilson Dias/ABr)

Mantega: " Eu estou anunciando um aumento para R$ 91 bilhões (do superávit)" (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2011 às 14h16.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou hoje (29) que a meta de superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) aumentará de aproximadamente R$ 81,8 bilhões para R$ 90,8 bilhões este ano.

“A parte do governo federal é aproximadamente R$ 81 bilhões. Eu estou anunciando um aumento para R$ 91 bilhões de [superávit] primário a ser realizado em 2011. Ou seja, R$ 10 bilhões a mais de resultado primário que nós vamos cumprir em 2011”, disse. Mantega destacou que o ajuste não se dará à custa de cortes adicionais. Os líderes dos partidos da base aliada já haviam sido informados sobre a mudança.

O governo já vinha sinalizando a adoção de mudanças na política fiscal. Na última sexta-feira (26), o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, já tinha antecipado que um resultado fiscal forte abre “um espaço interessante” para a redução das taxas de juros. Na ocasião, ele anunciou que o superávit primário do Governo Central (Previdência Social, Banco Central e Tesouro Nacional) em julho foi o melhor resultado desde o início da série histórica, em 1997.

Nos sete meses do ano, o superávit primário do setor público consolidado chegou a R$ 91,979 bilhões, contra R$ 43,588 bilhões registrados de janeiro a julho de 2010. A meta para este ano é R$ 117,9 bilhões. O Governo Central registrou superávit de R$ 66,307 bilhões, enquanto os governos estaduais contribuíram com R$ 21,711 bilhões e os municipais, com R$ 2,050 bilhões. As empresas estatais registraram R$ 1,911 bilhão. Esse superávit representa 78% da meta para o ano.

O crescimento econômico também foi levado em consideração na decisão do governo. Na terça-feira passada (23), em audiência no Senado Federal, o ministro Guido Mantega admitiu que o crescimento não seria mais 4,5%, como o governo estimava, e sim 4%.

O governo também descarta reajustes para todos os servidores públicos da União este ano e em 2012. Na sexta-feira, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, destacou que o momento é de crise e que “todos têm que dar sua contribuição”. “Felizmente, as principais categorias estão alinhadas e equilibradas, com salários compatíveis”, ressaltou, na ocasião.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalGovernoGuido MantegaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs