Economia

Mantega acredita que juro de longo prazo pode cair

Inflação menor tem efeito positivo sobre a economia e permitir queda da taxa de juro de longo prazo


	Guido Mantega: "há o paradoxo dos juros. Em função da política fiscal e da política monetária do BC as taxas de longo prazo podem cair"
 (Agência Brasil)

Guido Mantega: "há o paradoxo dos juros. Em função da política fiscal e da política monetária do BC as taxas de longo prazo podem cair" (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 14h54.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizou nesta quinta-feira o efeito negativo do aperto monetário sobre a econômica, afirmando que o aumento do juro tem o aspecto benéfico de controlar a inflação, criando condições favoráveis para a atividade.

Segundo Mantega, uma inflação menor tem efeito positivo sobre a economia e, como consequência, pode permitir uma queda da taxa de juro de longo prazo.

"O investidor olha a taxa de longo prazo", destacou o ministro, durante entrevista coletiva para comentar o crescimento de 2,3 por cento da economia brasileira no ano passado.

"2013 foi um ano difícil, cheio de desafios e uma das razões foi a ação do banco central norte-americano, que deu indicações de que iria reduzir estímulos para a economia americana e criou uma turbulência cambial que atrapalhou todos os países, principalmente os emergentes." Para 2014, Mantega disse que perspectivas de expansão da economia global criam melhores condições para o crescimento do Brasil, salientando que a tendência é de expansão do crescimento, mesmo diante da alta dos juros para conter a inflação.

"Há o paradoxo dos juros. Em função da política fiscal e da política monetária do BC as taxas de longo prazo podem cair", disse.

Em abril do ano passado o BC iniciou um processo de aperto monetário, tirando a taxa Selic da mínima histórica de 7,25 por cento ao ano. Em mais uma etapa desse aperto, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou na quarta-feira em 0,25 ponto percentual a taxa Selic, para 10,75 por cento ao ano.

Ao traçar um quadro mais positivo para a economia em 2014, o ministro também voltou a dizer que não são necessários novos estímulos para aquecer a atividade econômica.

Mantega disse que o resultado do PIB de 2013 indica que economia brasileira está em trajetória de aceleração gradual, e que o crescimento vai continuar em 2014.

Para o ministro, se não houvesse dificuldade da economia internacional, o Brasil teria crescido mais em 2013. Mantega disse que o desempenho do PIB no ano passado teve qualidade por ter sido puxado por investimentos e que a trajetória de expansão vai continuar neste ano.

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