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Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Ato ocorre de forma pacífica e teve a participação dos deputados federais Erika Hilton e Guilherme Boulos, ambos do Psol

Agência o Globo
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Publicado em 15 de novembro de 2024 às 12h55.

Última atualização em 15 de novembro de 2024 às 12h55.

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Uma manifestação em favor da proposta de emenda constitucional (PEC) que extingue a escala de seis dias de trabalho por um de folga reuniu algumas centenas de pessoas neste feriado de 15 de novembro em São Paulo.

O protesto teve a presença da deputada federal Erika Hilton, autora da chamada PEC 6x1, que discursou em caminhão de som. Guilherme Boulos, também deputado federal e recente candidato a prefeitura de São Paulo, foi outra figura presente no ato. Mais capitais brasileiras como Rio, Brasilia, Fortaleza, Vitória e Porto Alegre tem atos marcados para hoje.

O protesto foi organizado pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT), com apoio de partidos de esquerda, incluindo PSOL e PT. O trajeto da manifestação na Paulista saiu da Avenida Brigadeiro Luís Antônio e seguiu pela Avenida Paulista até a altura do Museu de Arte de São Paulo (MASP). Nesse momento, os manifestantes ocuparam o espaço de dois quarteirões inteiros em um bloco denso.

Na caminhada, os manifestantes entoaram bordões como “Não é mole não, uma folga na semana é igual escravidão”.

Outro grito de guerra foi: “Eu não me canso. Eu vou lutar pelo direito do descanso”.

O protesto, realizado de última hora, ocorreu pacificamente, em um dia em que a Paulista está fechada para carros e aberta para lazer.

Após parar em frente ao Masp, a manifestação seguiu em direção à Rua da Consolação.

Quando pararam em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) os organizadores do ato discursaram contra os argumentos que políticos de direita e empresários têm apresentado contra a PEC.

Alguns organizadores dó movimento que discursavam no caminhão faziam provocações a lojas e estabelecimentos comerciais que apareciam pelo caminho. Sugeriam, por exemplo, que os trabalhadores de unidades do Carrefour e McDonald’s entrassem em greve por escalas com mais dias de folga.

Alguns dos discursos realizados no caminhão de som eram testemunhos de pessoas que trabalham em escala 6 x 1, como funcionários de lojas, mercados, restaurantes e empresas de telemarketing.

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