Economia

Maldades na economia foram feitas pelo governo, diz Aécio

Candidato criticou o que chamou de "trapalhadas" do governo Dilma na política econômica


	Aécio Neves: candidato afirmou que sua eleição criará um ambiente de tranquilidade na economia
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Aécio Neves: candidato afirmou que sua eleição criará um ambiente de tranquilidade na economia (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 09h48.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse nesta quarta-feira que todas as maldades na economia já foram feitas pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.

A declaração foi dada pelo tucano em entrevista à rádio CBN quando questionado se seriam necessários sacrifícios, como medidas de redução do emprego, para corrigir o panorama econômico atual, de recessão técnica e inflação elevada.

"Não há espaço para maldades, elas já foram todas feitas por esse governo", disse o tucano, que criticou o que chamou de "trapalhadas" do governo Dilma na política econômica.

"Grande parte do que aconteceu no Brasil hoje, que nos trouxe esse quadro de inflação no teto da meta e crescimento extremamente baixo é responsabilidade de um governo que interveio de forma absolutamente irresponsável em diversos setores da economia e afugentou os investimentos."

Aécio disse que só a eleição dele, que como já anunciado pelo candidato levará o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga ao comando do Ministério da Fazenda, bastará para provocar uma "sinalização" que dará confiança e criará "um ambiente de absoluta tranquilidade" na economia.

Sobre a atual disputa presidencial -em que aparece em uma distante terceira posição nas pesquisas de intenção de voto atrás de Dilma e da candidata do PSB, Marina Silva, que dividem a liderança- Aécio voltou a expressar confiança.

"Eu tenho que acreditar que vai prevalecer a razão, se prevalecer a razão, nós vamos vencer as eleições", afirmou.

O tucano voltou a afirmar que a candidatura de Marina "traz um conjunto de contradições muito grandes".

Ele lembrou, mais uma vez, que a candidata do PSB, que hoje defende o tripé macroeconômico -metas de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante- foi por muitos anos do PT, partido que foi contra o Plano Real, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

"Mas ela terá oportunidade de esclarecer essas contradições", disse o candidato, afirmando ainda que Marina precisa dizer o que seria um governo seu e em que direção vai levar o Brasil.

Derrota de Dilma

Na entrevista de meia hora, em que também defendeu as realizações de seus governos em Minas Gerais, onde foi governador por dois mandatos, Aécio minimizou seu desempenho atual nas pesquisas de intenção de voto afirmando que "a eleição se decide em 5 de outubro", data marcada para o primeiro turno do pleito.

"Essa pressa em fazer o diagnóstico antecipado em relação à decisão do eleitor, não faz bem à boa política", disse, Ele também repetiu que Dilma fracassou à frente do governo e que, por isso, perderá as eleições. Aécio também reiterou que, na sua avaliação, existem duas escolhas possíveis para os eleitores que querem mudanças: ele e Marina.

"Eu tenho certeza que a mudança segura, a mudança qualificada, a mudança de valores é representada pela nossa candidatura", afirmou.

"Uma nova aventura não faria bem ao interesse do brasileiro", acrescentou, sem citar Marina nominalmente.

Atualizado às 09h48

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