Economia

Mais de R$ 78 milhões em fraudes do auxílio retornaram aos cofres públicos

No total, R$ 222,9 milhões foram repassados a quem não tem direito ao benefício do auxílio emergencial

Pessoas de máscara: benefício de R$ 600 foi destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores, autônomos e desempregados (Fabio Teixeira/Anadolu Agency via/Getty Images)

Pessoas de máscara: benefício de R$ 600 foi destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores, autônomos e desempregados (Fabio Teixeira/Anadolu Agency via/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 14 de julho de 2020 às 17h42.

Última atualização em 14 de julho de 2020 às 22h08.

O governo federal recuperou R$ 78 milhões pagos indevidamente a 82 mil pessoas que fraudaram o auxílio emergencial. O balanço foi informado pelo ministro Wagner Rosário, da Controladoria Geral da União (CGU), em audiência pública virtual da comissão mista do Congresso Nacional que acompanha o uso de recursos públicos no combate à pandemia do novo coronavírus.

"Nós já recuperamos até o momento R$78 milhões, de 82 mil beneficiários. É pouco perto do valor que se foi, mas já temos várias pessoas realizando a devolução desse valor".

Segundo Rosário, mais de 299 mil servidores públicos constam entre os beneficiários do auxílio emergencial, assim como militares inscritos no Cadastro Único (Cad-Único). O benefício de R$ 600 é destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores, autônomos e desempregados.
No total, R$ 222,9 milhões foram repassados a quem não tem direito ao benefício.

"Aqueles que tentaram fraudar serão responsabilizados", assegurou o ministro.

Wagner Rosário ainda reconheceu que as fraudes em processos de compra direta pelos estados e municípios e no repasse do auxílio emergencial aos cidadãos já eram esperadas.

"As fraudes já acontecem no Brasil mesmo sem a situação de emergência. O nosso histórico em situações de emergência também é muito ruim, como com os desabamentos, que são anuais, aquelas tragédias que acontecem em Petrópolis, em Teresópolis, e a nossa experiência de fiscalização lá. Quando há situação de calamidade, ela sempre demonstra uma continuidade das fraudes e às vezes um incremento. E era isso o que, infelizmente, já se previa para este momento de pandemia."

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