Economia

Mais de 40% das áreas agrícolas da China estão degradadas

Situação reduz a capacidade de produção de alimentos no país mais populoso do mundo


	Agricultura: solo escuro e fértil da província de Heilongjiang, no norte do país, que compõe o cinturão de alimentos chinês, está ficando mais fino
 (Getty Images)

Agricultura: solo escuro e fértil da província de Heilongjiang, no norte do país, que compõe o cinturão de alimentos chinês, está ficando mais fino (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 10h04.

Pequim - Mais de 40 por cento das terras agricultáveis da China estão em processo de degradação, disse a agência de notícias oficial Xinhua, o que reduz a capacidade de produção de alimentos no país mais populoso do mundo.

O solo escuro e fértil da província de Heilongjiang, no norte do país, que compõe o cinturão de alimentos chinês, está ficando mais fino, enquanto as áreas agrícolas do sul da China sofre com acidificação, disse a reportagem, citando estatísticas do ministério da Agricultura.

Terras degradadas tipicamente incluem solo com fertilidade reduzida, erosões, mudança de acidez e efeitos de mudanças climáticas, além de danos causados por poluentes.

O governo chinês está cada vez mais preocupado com sua oferta de alimentos, depois de anos de rápida industrialização que resultaram em poluição generalizada de rios e áreas de plantio.

O país, que precisa alimentar quase 1,4 bilhão de pessoas, já traçou planos para enfrentar a poluição do solo, que afeta cerca de 3,3 milhões de hectares.

Mas à medida que salários maiores colocam pressão sobre os recursos do país para uma produção de mais comida e de maior qualidade, também é necessário enfrentar o problema do solo degradado, disse a Xinhua.

O Ministério da Agricultura quer criar 53 milhões de hectares de lavouras conectadas até 2020, o que permitiria enfrentar melhor secas e enchentes, disse a agência. Fazendas maiores são mais favoráveis para irrigação e outras práticas de cultivo modernas.

O governo chinês prepara uma nova lei para enfrentar estas questões, mas ela não deve estar pronta até 2017.

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