Economia

Mais da metade das famílias paulistanas está endividada

Na comparação com o mesmo período em 2015, quando a proporção era 48,9%, o nível aumentou 2,2 pontos porcentuais


	Dívidas: se forem analisadas apenas as famílias com renda inferior a dez salários mínimos, a proporção de endividamento é de 54,4%
 (AndreyPopov/Thinkstock)

Dívidas: se forem analisadas apenas as famílias com renda inferior a dez salários mínimos, a proporção de endividamento é de 54,4% (AndreyPopov/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2016 às 16h49.

São Paulo - O endividamento atingiu 1,962 milhão de famílias paulistanas - ou 51,1% delas - em abril. O número da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), aponta melhora de 0,5 ponto porcentual em relação ao mês anterior, no qual 1,979 milhão (51,6%) tinham dívidas.

Porém, na comparação com o mesmo período em 2015, quando a proporção era 48,9%, o nível aumentou 2,2 pontos porcentuais.

Se forem analisadas apenas as famílias com renda inferior a dez salários mínimos, a proporção de endividamento é de 54,4%. Em março, eram 54,2%. Já no mesmo período de 2015, 50,8%.

No segmento das famílias que recebem mais de dez salários mínimos, a tendência foi inversa: 41,7% estão endividadas, ante 44,2% no mês de março e 43,5% de abril de 2015.

O levantamento mostrou que 34,9% das famílias têm a renda comprometida por dívidas há mais de um ano. No mesmo período de 2015 essa parcela era bem maior: 41,2%.

As famílias com contas atrasadas são 701 mil. Porcentualmente, 18,3% delas enfrentam esse problema, queda de 0,1 ponto porcentual em relação ao mês anterior e alta de 5,3 pontos porcentuais em relação ao mesmo mês de 2015.

Entre essas famílias, 46% dizem ter débitos vencidos há mais de 90 dias.

A proporção dos atrasos nos pagamentos das famílias que ganham até dez salários mínimos é maior: 22,5%, ante 15,3% do mesmo mês do ano anterior.

Já as famílias que afirmaram não ter condições de pagar total ou parcialmente suas dívidas já chegam a 6,4% ou, em números absolutos, 246 mil. Em abril de 2015, esse porcentual era de 4,4%.

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