Economia

Maioria dos consumidores usará 13º para pagar dívidas

Segundo Anefac, neste ano, 74% dos pesquisados vão utilizar o salário extra para diminuir o endividamento


	Dentre as principais dívidas que devem ser quitadas com o 13º estão as do cartão de crédito (para 44% dos entrevistados)
 (Thinkstock)

Dentre as principais dívidas que devem ser quitadas com o 13º estão as do cartão de crédito (para 44% dos entrevistados) (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 14h24.

São Paulo - Em meio à crise que assola o Brasil, cresceu o número de pessoas que pretendem usar o 13º salário para pagar dívidas, segundo pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Este ano, 74% dos pesquisados vão utilizar o salário extra para diminuir o endividamento, contra 68% que pretendiam fazer o mesmo no ano passado. Já o porcentual daqueles que querem usar o 13º para comprar presentes caiu para 8%, de 11% em 2014.

"Isto demonstra que a redução da atividade econômica, aumento das taxas de juros e inflação mais alta elevaram o endividamento dos consumidores", diz a Anefac em nota.

O porcentual daqueles que pretendem usar o 13º para pagar as despesas de começo de ano, como IPVA, IPTU e matrícula escolar, caiu para 8% este ano, de 11% no ano passado.

"Isto se deve ao fato de que, com o maior endividamento das famílias, a maior parte destes recursos serão destinados ao pagamento de dívidas, o que reduz o volume de recursos que sobram para aplicações financeiras", acrescenta a entidade.

Dentre as principais dívidas que devem ser quitadas com o 13º estão cartão de crédito (para 44% dos entrevistados), cheque especial (39%) e financiamento bancário (7%).

Já entre aqueles que gastarão o salário extra para presentear amigos e familiares, 75% pretendem compras roupas, 73% celulares e 65% bens diversos.

A intenção de compra de produtos duráveis, de maior valor, diminuiu de um ano para o outro, como é o caso da linha branca, que passou para 12%, de 16%.

A maioria dos consumidores (42%) pretende gastar entre R$ 200,00 e R$ 500,00, seguido de outra parcela significativa (32%) que vai desembolsar entre R$ 100,00 e R$ 200,00.

Caiu o porcentual dos que vão gastar mais (entre R$ 1.000,00 e R$ 2.000,00), para 2% do total, de 3% no ano passado, e subiu o grupo dos que querem desembolsar menos (até R$ 100,00), para 16%, de 14%.

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