Economia

Maioria de riscos à inflação se dissipou, frisa Holland

Segundo secretário, relatório do FMI divulgado mais cedo dá pouca ênfase aos choques de preços de alimentos que o País enfrentou nos últimos dois anos


	Inflação de alimentos: "vários produtos alimentares estão com deflação. O Brasil passou por pressão de preços muito intensa"
 (spijker/Creative Commons)

Inflação de alimentos: "vários produtos alimentares estão com deflação. O Brasil passou por pressão de preços muito intensa" (spijker/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 20h18.

Washington - Está dissipada grande parte dos riscos para a inflação brasileira, afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, a jornalistas nesta quarta-feira na sede do Fundo Monetário Internacional (FMI), na capital norte-americana. "Vários produtos alimentares estão com deflação. O Brasil passou por pressão de preços muito intensa."

Para Holland, ao analisar o comportamento da inflação brasileira no final de 2012 e começo deste ano, o relatório do FMI divulgado mais cedo dá pouca ênfase aos choques de preços de alimentos que o País enfrentou nos últimos dois anos, com secas nos Estados Unidos, no próprio Brasil, ou chuvas intensas, que levaram a quebras de safras e produção.

O preço dos alimentos, ressaltou o secretário, subiu como reflexo destes choques e chegou a responder por algo entre 40% e 50% dos índices de preços. Porcentual que no IPCA de setembro caiu para menos de 10%, segundo ele.

Ainda sobre o relatório do FMI, Holland disse que o documento fala pouco da melhora do nível de emprego no Brasil, enquanto a maioria dos países europeus enfrenta altos níveis de desemprego.

Sobre a redução do crescimento potencial do País mostrada no documento do FMI, que baixou em 0,75 ponto porcentual, para 3,5%, Holland disse que o produto potencial é um artifício estatístico e que costuma espelhar, nas revisões estatísticas periódicas, muito os acontecimentos recentes da economia, que têm peso grande no cálculo. Ou seja, quando o país está em expansão, o crescimento potencial aumenta e quando desacelera, cai também.

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