Projeções: Instituto está menos otimista com a capacidade do governo Temer de promover crescimento (ThinkStock/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 14h36.
Nova York - O otimismo sobre a capacidade do governo brasileiro, encabeçado pelo presidente Michel Temer, de lançar políticas para estimular a economia se reduziu e a frágil situação política no Brasil pode afetar a recuperação da atividade em 2017, afirma o Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo, com sede em Washington.
O IIF cortou a projeção para o crescimento do Brasil em 2017, de expansão esperada em setembro de 1,5% para 1%. Mesmo com o corte, a previsão está acima da média do mercado financeiro brasileiro, que vê o Produto Interno Bruto (PIB) avançando 0,7% no ano que vem, de acordo com o Relatório de Mercado Focus, do Banco Central, da última segunda-feira, 12.
O cenário para o Brasil vai depender do cenário político interno e das políticas dos Estados Unidos adotadas por Donald Trump, ressalta o relatório do IIF.
"Reduzimos nossas projeções de crescimento para o Brasil e a Argentina, pois estamos menos otimistas que seus governos serão capazes de impulsionar as políticas necessárias para apoiar as recuperações após as contrações do PIB este ano", afirma o IIF.
O IIF espera que o real continue se desvalorizando em 2017, com o dólar chegando a valer R$ 3,60 em dezembro. Já a Selic pode ter queda mais rápida, recuando para 12% no primeiro trimestre de 2017 e caindo para 10% na parte final do ano que vem. A inflação em 2017 pode cair abaixo de 5% e se aproximar do centro da meta do Banco Central, ficando em 4,7%, ressalta o relatório.