Economia

Maior contribuição para leve aceleração do IPC-M é da habitação

Setor foi bastante influenciado pelo encarecimento da tarifa de eletricidade residencial

Habitação: registrou crescimento pela adoção da bandeira amarela nas contas de luz no mês (Germano Lüders/Site Exame)

Habitação: registrou crescimento pela adoção da bandeira amarela nas contas de luz no mês (Germano Lüders/Site Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de julho de 2017 às 09h29.

São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) voltou a registrar inflação no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de julho ao subir 0,04% após uma queda de 0,08% em junho. O IGP-M caiu 0,72% no período, de recuo de 0,67% no mês passado.

Segundo a Fundação Getulio Vargas, responsável pelo cálculo do índice, quatro das oito classes de despesas analisadas tiveram taxas maiores em julho do que em junho. Dentre elas, a principal contribuição para aceleração do IPC-M veio do grupo Habitação (-0,02% para 0,46%). O grupo, por sua vez, foi bastante influenciado pelo encarecimento da tarifa de eletricidade residencial, que subiu 1,38%, de queda de 1,06% no sexto mês do ano. O aumento é efeito da adoção da bandeira amarela nas contas de luz no mês, assim como do reajuste tarifário da Eletropaulo, em São Paulo.

Também registraram acréscimo nas taxas no período os grupos Alimentação (-0,50% para -0,44%), Educação, Leitura e Recreação (0,31% para 0,67%) e Comunicação (-0,17% para 0,32%). Contribuíram para a aceleração os subgrupos frutas (-7,20% para -3,81%), show musical (-0,77% para 3,11%) e pacotes de telefonia fixa e internet (-0,95% para 0,87%), respectivamente.

Em contrapartida, os segmentos Vestuário (0,52% para 0,00%), Despesas Diversas (0,49% para 0,08%), e Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,32%) desaceleraram entre junho e julho. Nesses grupos, as principais influências foram roupas (0,48% para -0,12%), tarifa postal (4,94% para 0,00%), gasolina (-1,42% para -2,03%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,25% para -0,11%), nesta ordem. O grupo Transportes também teve alívio em julho, ampliando a deflação de 0,36% para 0,42%, com o auxílio do item gasolina (-1,42% para -2,03%), que devido ao período de coleta do IGP-M (de 21/06 a 20/07), não captou o aumento do PIS/Cofins sobre os combustíveis.

Principais influências

A FGV destacou as principais influências de alta e baixa no IPC-M de julho. Do lado da pressão de elevação estão tarifa de eletricidade residencial (-1,06% para 1,38%), plano e seguro de saúde (mesmo com a leve desaceleração de 0,96% para 0,95%), tomate (-17,44% para 11,65%), condomínio residencial (-0,07% para 1,05%) e passagem aérea (mesmo com a desaceleração de 11,65% para 8,83%).

Já entre as maiores influências de baixa estão batata-inglesa (1,38% para -28,87%), gasolina (-1,42% para -2,03%), etanol (mesmo com a deflação menor de -3,40% para -3,07%), laranja pera (apesar da redução na taxa, de -13,89% para -13,12%) e banana-prata (-5,90% para -8,00%).

Acompanhe tudo sobre:FGV - Fundação Getúlio VargasHabitação no BrasilIPC

Mais de Economia

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados