Economia

Maior comprador de soja da China diz que honrará contratos

Sunrise, que responde por 12% das importações da China, foi anteriormente ligado, por operadores e pela imprensa chinesa, a calotes


	Soja: fraca demanda doméstica está fazendo os esmagadores perderem dinheiro na produção
 (Diego Giudice/Bloomberg News)

Soja: fraca demanda doméstica está fazendo os esmagadores perderem dinheiro na produção (Diego Giudice/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 11h26.

Pequim - O maior grupo comprador de soja da China, o Shandong Sunrise Group, informou que não irá dar calote em contratos de compra do grão, apesar de enfrentar grandes perdas, para proteger o relacionamento com fornecedores, disse a empresa estatal nesta quarta-feira.

O Sunrise, que responde por 12 por cento das importações da China, foi anteriormente ligado, por operadores e pela imprensa chinesa, a calotes, embora a empresa tenha negado no mês passado que tivesse descumprido qualquer contrato.

Compradores na China recentemente deram calote em pelo menos 500 mil toneladas de soja e ameaçaram não receber outras cargas que ainda não haviam sido precificadas, reduzindo um rali nos preços da oleaginosa.

O presidente do Conselho da Shandong Sunrise, Shao Zhongyi, disse que a empresa irá honrar os acordos de compras, apesar de sofrer prejuízo de cerca de 32 milhões de dólares, em um momento em que a fraca demanda doméstica está fazendo os esmagadores perderem dinheiro na produção de farelo e óleo.

"Baseado nos preços atuais, se nós recebermos as cargas como previamente planejado, as perdas serão de 200 milhões de iuanes (32 milhões de dólares)", disse Shao ao jornal Economic Information, publicado pela agência estatal Xinhua.

"Apesar das perdas, nós precisamos honrar os contratos", afirmou, acrescentando que um calote arriscaria arruinar relacionamentos de longo prazo que a Sunrise construiu com fornecedores e compradores.

Representantes da Sunrise não foram encontrados imediatamente pela Reuters para comentar.

A China responde por 60 por cento das importações globais de soja e é o principal comprador da soja do Brasil.

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