Economia

Maduro vai autorizar contas em moeda estrangeira em bancos venezuelanos

Regulamentação não permite transferências de divisas de países do exterior entre bancos locais

Maduro: transações de câmbio, que são em grande parte com dólares, aumentaram na Venezuela (Manaure Quintero/Reuters)

Maduro: transações de câmbio, que são em grande parte com dólares, aumentaram na Venezuela (Manaure Quintero/Reuters)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 2 de janeiro de 2021 às 16h03.

Última atualização em 2 de janeiro de 2021 às 16h08.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse na noite de sexta-feira, 1°, que vai autorizar bancos venezuelanos a abrirem contas em moeda estrangeira para facilitar o pagamento de bens e serviços, em meio à dolarização de fato do país sul-americano e ao progressivo relaxamento dos controles sobre a economia.

Desde que as regulamentações foram flexibilizadas no país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróelo (Opep), as transações de câmbio, que são em grande parte com dólares, aumentaram.

Embora a regulamentação permita a abertura de contas em moeda estrangeira, ela ainda não autoriza transferências de divisas de países do exterior entre bancos locais, ou outras operações.

Em outubro, o Banco Central da Venezuela (BCV) ordenou aos bancos locais que suspendessem as transações de pagamento eletrônico de bens e serviços com contas em moeda estrangeira, alegando a falta de banco correspondente. Por enquanto, os bancos armazenam apenas dólares em dinheiro de alguns clientes corporativos em seus cofres.

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"Vamos criar alguns formatos de pagamento em moeda digital (...) com contas de poupança em moeda estrangeira, do banco venezuelano, estão sendo autorizadas contas de poupança, contas correntes em moeda estrangeira e as pessoas poderão pagar ao preço da moeda em bolívares", disse Maduro em entrevista transmitida pela rede de televisão Telesur, sem maiores detalhes.

O presidente afirmou ainda que o uso da moeda estrangeira é uma válvula de escape na economia e não um processo de dolarização semelhante ao do Equador. "Estamos indo este ano para uma economia digital, em que todos têm métodos de pagamento com cartão", acrescentou.

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