Economia

Maduro quer ampliar presença russa e chinesa no setor petrolífero

Intenção do presidente venezuelano foi revelada durante a nomeação de novos titulares para a empresa petrolífera estatal PDVSA e o Ministério do Petróleo

Nicolás Maduro: presidente venezuelano instruiu os recém-nomeados para que trabalhem para "fortalecer as alianças internacionais" (Marco Bello/Reuters)

Nicolás Maduro: presidente venezuelano instruiu os recém-nomeados para que trabalhem para "fortalecer as alianças internacionais" (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 08h29.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nomeou nesta quinta-feira novos titulares para a empresa petrolífera estatal PDVSA e o Ministério do Petróleo, e pediu aos mesmos que ampliem "a participação acionária" de empresas chinesas e russas devido às sanções que, segundo ele, já foram tomadas pelos Estados Unidos contra o seu país.

Maduro pediu aos funcionários recém-nomeados que "ampliem a participação acionária de todos os investidores chineses, russos, indianos, malaios" que já têm presença na Faixa Petrolífera do Orinoco, a principal reserva de petróleo do país sul-americano, para "enfrentar a guerra econômica" dos EUA.

O líder venezuelano fez este anúncio após nomear como presidente da PDVSA - a principal empresa do país, que produz cerca de 2 milhões de barris por dia - Nelson Martínez, que exercia o cargo de ministro do Petróleo e que será substituído nesta pasta pelo ex-presidente da PDVSA, Eulogio del Pino.

Maduro justificou essas decisões pela "série de agressões econômicas, energéticas e financeiras que foram aprovadas na Casa Branca contra a Venezuela e que serão anunciadas nos próximos dias".

"Estão aprovadas, posso lhes dizer que anteontem e ontem aconteceram reuniões na Casa Branca (...)", afirmou o chefe de Estado da Venezuela, em alusão aos encontros nos quais teriam sido decididas as possíveis sanções.

Além disso, Maduro disse que o fato de dar mais protagonismo aos países emergentes que citou representará um "processo de libertação" das amarras "imperialistas", em referência à dependência venezuelana dos EUA, que são o destino de quase 40% do petróleo extraído pela PDVSA.

O presidente venezuelano instruiu os recém-nomeados para que trabalhem para "fortalecer as alianças internacionais" na próxima cúpula de chefes de Estado de países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) com os líderes de países não produtores, na qual deverão discutir novas pautas e formatos de fixação de preços dos hidrocarbonetos.

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