Economia

Maduro anuncia redução de preços de autopeças e pneus

Em mais um capítulo da "guerra" contra a inflação e a especulação, o presidente venezuelano anunciou que a redução acontecerá em 72 horas


	O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: a campanha de Maduro contra os aumentos dos preços tem como pano de fundo o controle do câmbio
 (LEO RAMIREZ/AFP)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: a campanha de Maduro contra os aumentos dos preços tem como pano de fundo o controle do câmbio (LEO RAMIREZ/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 06h27.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira que no prazo de 72 horas reduzirá os preços de autopeças e pneus, cinco dias após decretar uma baixa geral no valor dos eletrodomésticos, em mais um capítulo da "guerra" contra a inflação e a especulação.

"Não façam mais nada nas próximas 72 horas, até regularizarmos os preços das autopeças e dos pneus para o povo da Venezuela, das motos, carros e ônibus", disse Maduro para dezenas de motoristas reunidos no centro de Caracas.

Maduro lidera uma cruzada para combater a inflação na Venezuela, que em outubro superou os 50% ao ano, em meio à chamada "guerra econômica" promovida pela oposição contra seu governo.

"Hoje começamos a inspecionar todas as concessionárias de veículos do país, terão que baixar os preços, não me venham com histórias".

Desde o final de semana, milhares de pessoas se aglomeram diante das lojas de eletrodomésticos para aproveitar a redução de preços imposta pelo governo, a um mês das eleições municipais.


A campanha de Maduro contra os aumentos dos preços tem como pano de fundo o controle do câmbio, em vigor desde 2003 no país com as maiores reservas de petróleo do mundo e que importa a maior parte dos produtos que consome.

O dólar tem cotação oficial de 6,30 bolívares, enquanto no mercado negro supera os 50 bolívares.

Os empresários reclamam que não recebem dólares suficientes do governo e são obrigados a adquirir divisas no mercado negro para importar os produtos, o que elevaria os preços.

O governo, no entanto, afirma que concede dólares suficientes e acusa importadores e donos de lojas de especulação.

O líder opositor venezuelano Henrique Capriles denunciou nesta terça-feira que o governo de Nicolás Maduro está vendendo reservas em ouro e ativos petroleiros para cobrir suas "necessidades de divisas".

Capriles afirmou que o governo negocia um empréstimo de 3 bilhões de dólares para pagar a dívida do órgão regulador de divisas - Cadivi - com parte dos importadores venezuelanos.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaInflaçãoNicolás MaduroPolíticosVenezuela

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE