Economia

Macron critica falta de equilíbrio em negociação comercial entre UE e EUA

Além disso, presidente francês defendeu que nenhum acordo condicione os padrões europeus em matéria de agricultura, saúde ou meio ambiente

Emmanuel Macron: "A conversa é útil porque diminui a tensão e ninguém quer uma guerra comercial, mas o bom diálogo comercial só pode se basear em uma relação de equilíbrio e reciprocidade" (Julien De Rosa/Reuters)

Emmanuel Macron: "A conversa é útil porque diminui a tensão e ninguém quer uma guerra comercial, mas o bom diálogo comercial só pode se basear em uma relação de equilíbrio e reciprocidade" (Julien De Rosa/Reuters)

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EFE

Publicado em 26 de julho de 2018 às 20h17.

Madri - O presidente da França, Emmanuel Macron, avaliou nesta quinta-feira o diálogo entre Estados Unidos e União Europeia, mas criticou a negociação de um amplo acordo comercial por considerar que falta equilíbrio e reciprocidade entre as partes.

Em visita à Espanha, Macron comentou a entrevista concedida ontem pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reiterando as reservas já expressadas pelo governo francês depois do encontro dos dois na Casa Branca.

"Temos dúvidas a esclarecer com nossos parceiros. Não sou favorável a começar a negociar um amplo acordo porque o contexto não o permite. A conversa é útil porque diminui a tensão e ninguém quer uma guerra comercial, mas o bom diálogo comercial só pode se basear em uma relação de equilíbrio e reciprocidade. E, em nenhum caso, sob ameaça", alertou o presidente francês.

Além disso, Macron defendeu que nenhum acordo condicione os padrões europeus em matéria de agricultura, saúde ou meio ambiente.

"São o princípio da Europa soberana. Não podemos pedir para nossos cidadãos e empresários que se orientem em medidas que favoreçam o meio ambiente e assinar um acordo com potências que não respeitam essas obrigações", destacou Macron.

O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que a UE não pode aderir ao "unilateralismo nem à imposição".

"Alcançamos alguns padrões sociais e ambientais que devem ser preservados", afirmou Sánchez.

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