Economia

Macri corta imposto e trigo argentino retorna à glória do passado

Plantio já se recuperou para 5,45 milhões de hectares nessa safra, maior área em uma década, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires

Mauricio Macri, presidente da Argentina (Harold Cunningham/Getty Images)

Mauricio Macri, presidente da Argentina (Harold Cunningham/Getty Images)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 5 de novembro de 2017 às 07h00.

Última atualização em 5 de novembro de 2017 às 07h00.

O triunfo do presidente da Argentina, Mauricio Macri, nas eleições legislativas não apenas animou seus apoiadores e impulsionou a alta dos títulos da dívida, como também alimentou os sonhos dos produtores de trigo do país de atingir os patamares elevados do passado.

O plantio já se recuperou para 5,45 milhões de hectares nessa safra, maior área em uma década, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Como os produtores continuam respondendo às políticas de Macri para promover as exportações, não demorará para que plantem ainda mais, disse David Hughes, presidente da Associação Argentina do Trigo (ArgenTrigo).

“O governo anterior nos anulou, mas agora podemos facilmente superar os 6 milhões de hectares”, disse Hughes.

Essa é a quantidade que os produtores argentinos plantavam no início dos anos 2000, antes do confronto com a ex-presidente Cristina Kirchner relacionado aos impostos às exportações. No segundo mandato dela, de 2011 a 2015, o plantio atingiu o menor nível desde o início dos anos 1900, mostram dados do Ministério da Agroindústria.

Macri eliminou o imposto de 23 por cento aplicado à exportação de trigo ao assumir, em dezembro de 2015. Nos últimos tempos, ele vem abrindo novos mercados para garantir clientes para o grão excedente não adquirido pelo Brasil, maior comprador da Argentina. Isto em breve poderá representar problemas para os produtores que não aderirem a controles sanitários maiores, disse Hughes.

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