Mauricio Macri: "esses anúncios vão se traduzir em trabalho de qualidade para muitos argentinos" (Harold Cunningham/Getty Images/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2016 às 16h26.
Buenos Aires - O presidente da Argentina, <a href="https://exame.com.br/topicos/mauricio-macri"><strong>Mauricio Macri</strong></a>, celebrou os anúncios de bilhões de dólares em <a href="https://exame.com.br/topicos/investimentos-de-governo"><strong>investimentos</strong></a> para os próximos quatro anos que foram realizados no Fórum de Investimento e Negócios em Buenos Aires na última semana.</p>
"Foi a primeira vez que se realizou na Argentina um evento destas características. E foi uma nova ocasião para mostrar que em nossas províncias temos tudo o que precisamos para ser protagonistas do século 21", afirmou o presidente em texto publicado hoje no jornal "A Voz do Interior".
A primeira edição do Fórum de Investimentos e Negócios, realizada entre os dias 12 e 15 de setembro em Buenos Aires, foi organizado pelo governo. Participaram do evento cerca de 2 mil empresários locais e estrangeiros, além de membros do Executivo local.
O Ministério da Fazenda da Argentina revelou na sexta-feira que os anúncios feitos durante o evento totalizam US$ 8,21 bilhões por parte de empresas como a Siemens e a General Eletric.
Com isso, o investimento total no país para o período de 2016-2019 por parte de companhias privadas chega a US$ 45,6 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda.
"Esses anúncios vão se traduzir em trabalho de qualidade para muitos argentinos e mostram que o país encanta por seu presente, por sua esperança e também por seu futuro", disse Macri.
O presidente também citou sua participação na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, onde afirmou ter sido uma "grande alegria ver o entusiasmo que a Argentina desperta".
"Não é o entusiasmo por um governo ou uma mudança de partido político: é o mundo que dá conta como somos valiosos", completou.
Macri disse que reiterou na ONU o objetivo de "acabar com a pobreza e com o narcotráfico", assim como destacou o "valor do diálogo" para solucionar amigavelmente a disputa pelas Ilhas Malvinas, cuja soberania a Argentina reivindica desde 1833.
O assunto gerou grande polêmica nos últimos dias depois de as chancelarias da Argentina e do Reino Unido terem emitido um comunicado conjunto depois da visita do ministro de Estado britânico para a Europa e América, Alan Duncan, a Buenos Aires.
O texto da nota afirmava que ambos os países se comprometeram a "estreitar ainda mais seus vínculos bilaterais e estabelecer um diálogo para melhorar a cooperação em todos os assuntos de interesse recíproco no Atlântico Sul", onde ficam as Malvinas.
O comunicado provocou críticas de várias lideranças políticas, tanto da oposição como até mesmo de alguns setores do governo. Ex-combatentes da Guerra das Malvinas afirmaram que o governo está descumprindo a Constituição do país, que determina a reivindicação da soberania das ilhas.
Na última quarta-feira, a Comissão de Relações Exteriores se reuniu na Câmara dos Deputados da Argentina para debater o documento e resolveu convocar vice-chanceler, Carlos Foradori, para dar explicações sobre o caso.