Economia

Governo argentino anuncia congelamento de preços para conter inflação

Entre as medidas estão o congelamento dos preços de 60 produtos essenciais e o congelamento de tarifas de serviços públicos

Macri: As medidas foram anunciadas após a divulgação do aumento da pobreza e da inflação no último ano (Marcos Brindicci/Reuters)

Macri: As medidas foram anunciadas após a divulgação do aumento da pobreza e da inflação no último ano (Marcos Brindicci/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2019 às 12h00.

Última atualização em 17 de abril de 2019 às 16h27.

Buenos Aires - O governo da Argentina anunciou nesta quarta-feira, 17, uma série de medidas com o objetivo de conter a inflação elevada do país e reativar o consumo no país. O presidente da Argentina, Mauricio Macri, que tenta a reeleição em outubro, decidiu congelar os preços de cerca de 60 produtos básicos e conter os aumentos das tarifas dos serviços públicos, em uma tentativa de frear a inflação que acumula aumento de 54,7% nos últimos 12 meses.

As medidas fazem parte de plano acordado com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Elas complementam a decisão da terça-feira, 16, do Banco Central da Argentina (BCRA), de congelar a banda cambial para o peso até o fim de 2019.

Conforme documento publicado nesta quarta pelo governo argentino, a medida se trata de um acordo entre o governo e as empresas com o objetivo de "aprofundar a luta contra a inflação e ajudar a reativar a economia".

Entre os produtos que manterão seus preços sem aumentos durante seis meses estão azeite, arroz, farinhas, leite, iogurte e açúcar, entre outros. Também foram incluídos alguns cortes de carne bovina.

Já entre os serviços públicos que não sofrerão aumentos estão eletricidade, gás, transporte público e telefonia móvel. O governo argentino anunciou que não haverá aumento nesses serviços e que assumirá a diferença com algumas das empresas que os fornecem. Além disso, famílias que já recebem ajuda social terão acesso facilitado a crédito.

As medidas foram anunciadas semanas depois de ter sido registrado um aumento na pobreza no país no último ano como resultado da alta inflação - que só em março foi de 4,7% - e da queda da atividade econômica.

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