Economia

Lula volta a cobrar mais investimentos em siderurgia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu na defesa do aumento da produção nacional de aço na reunião que teve com toda a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Rio, na terça-feira. Ao recomendar que o banco concentre esforços para elevar os investimentos em siderurgia, o presidente, mais uma […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva insistiu na defesa do aumento da produção nacional de aço na reunião que teve com toda a diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Rio, na terça-feira. Ao recomendar que o banco concentre esforços para elevar os investimentos em siderurgia, o presidente, mais uma vez, se disse inconformado com o fato de o Brasil, maior produtor mundial de minério de ferro, fabricar "somente 35 milhões de toneladas de aço".

Aos executivos do banco, Lula repetiu que gostaria de ver o País transformado em exportador de placas de aço, e não de matéria-prima. Mas, na prática, o banco não tem como "convencer" o setor a investir em novos projetos. Também não há, segundo fontes do BNDES, estudos para um programa com taxas específicas para o setor. Acionista da Vale, CSN e Usiminas, o banco pode, porém, participar da estratégia dessas empresas.

A retomada da demanda externa por aço e as vantagens competitivas do setor no Brasil estão por trás da insistência do presidente Lula. O BNDES compartilha do diagnóstico de que há uma oportunidade para o País no mercado internacional de semiacabados. A intenção não é estimular projetos voltados para o mercado interno, cuja demanda por aço é de apenas um terço da capacidade atual da indústria. O projeto é aumentar a produção brasileira de placas para o exterior, que não sofrem as taxações do aço acabado.

A recuperação mais lenta da demanda em relação à Ásia está levando ao fechamento de várias plantas de semiacabados na Europa e nos EUA. O aumento do preço do minério em mais de 100% por gigantes como a Vale deve agravar ainda mais a dificuldade de compatibilizar custos e vendas nesses países, e abre uma oportunidade ao Brasil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:BNDESIndústriaLuiz Inácio Lula da SilvaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSiderurgia e metalurgia

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado reduz para 4,63% expectativa de inflação para 2024

Lula se reúne hoje com Haddad para receber redação final do pacote de corte de gastos

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal