Economia

Lula negocia com Latam compra de 9 aviões da Embraer; aérea deve anunciar aporte de R$ 11 bi no país

Presidente da República tem se empenhado pessoalmente para que companhia compre aeronaves de empresa brasileira, que podem ser financiadas pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)

Lula conversa com Putin sobre proposta de paz na Ucrânia (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Lula conversa com Putin sobre proposta de paz na Ucrânia (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 5 de agosto de 2024 às 06h00.

Última atualização em 5 de agosto de 2024 às 07h42.

Santiago, Chile - A Latam deve anunciar nesta segunda-feira, 5, um investimento de R$ 11 bilhões no Brasil nos próximos dois anos, afirmaram à EXAME técnicos do governo brasileiro que acompanham as negociações.

Parte desse dinheiro deve bancar a compra de 9 aeronaves da Embraer pela companhia aérea e essa intenção deve ser anunciada e formalizada durante viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Chile, que participa de um fórum empresarial entre os dois países e organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).

Também está em debate o financiamento das aeronaves pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo auxiliares do chefe do Executivo, ele tem se envolvido diretamente nas tratativas e se tem se empenhado pessoalmente para o sucesso da operação.

Reunião entre Lula e CEO da Latam

Lula terá uma reunião com o CEO Global da Latam, Roberto Alvo, no início da noite desta segunda-feira, 5, e a expectativa é de que o executivo comunique o presidente da República do desfecho positivo da negociação.

Historicamente, a Latam opera com aviões da Boeing e da Airbus. Com menor capacidade de passageiros, a tendência é que as aeronaves da Embraer sejam usadas em rotas de aviação regional. Atualmente, somente a Azul usa aeronaves fabricadas pela companhia brasileira.

Segundo um assessor de Lula, o presidente da República adotou uma postura de presidentes de outros países que têm fabricantes de aeronaves.

"O presidente da França, Emmanuel Macron, é um grande defensor dos interesses da Airbus, que tem sede no país. Historicamente, os presidentes dos Estados Unidos adotam postura semelhante em relação à Boeing", disse um auxiliar de Lula.

* O repórter viajou à convite da Apex

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