Economia

Lula leva oferta de mediação ao Oriente Médio

Jerusalém - Com uma oferta de mediação brasileira apresentada em 2003 e ressuscitada agora no fim do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia amanhã uma visita oficial a Israel e aos territórios palestinos em um momento especialmente delicado para as negociações de paz, que os Estados Unidos desejam mediar. Ao desembarcar hoje […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Jerusalém - Com uma oferta de mediação brasileira apresentada em 2003 e ressuscitada agora no fim do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia amanhã uma visita oficial a Israel e aos territórios palestinos em um momento especialmente delicado para as negociações de paz, que os Estados Unidos desejam mediar.

Ao desembarcar hoje em Tel-Aviv, Lula chegará com uma bagagem potencialmente explosiva: sua insistência em levar mais interlocutores para esse difícil diálogo, entre os quais o Brasil, e em interferir nas discussões internas entre a Autoridade Palestina (AP) e os radicais do Hamas.

No auge das pretensões, o Brasil quer até mediar diretamente o diálogo entre o Fatah e o Hamas, que tomou o controle da Faixa de Gaza em junho de 2007, após derrotar as forças de segurança do movimento laico.

Ontem, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, partiu de Israel, encerrando seu esforço para fazer avançar as negociações indiretas entre palestinos e israelenses. Sua visita foi prejudicada pelo anúncio de Israel de que pretende construir 1.600 casas em Jerusalém Oriental.

O argumento básico de Lula em favor de novos interlocutores é embalado pelo fracasso da mediação dos EUA. Um ministro próximo a Lula esmiuçou assim, na semana passada, a crítica à atuação de Washington: os EUA são parte interessada, estão atrelados ao ponto de vista de Israel. A mesma fonte lembrou que, apesar dos avanços iniciais nas negociações que mediou, a Casa Branca não conseguiu fechar um acordo capaz de permitir a convivência pacífica e segura entre os dois lados.

"O Brasil está interessado em integrar esse processo, quer jogar em favor da paz. Mas não vai se apresentar como um salvador da pátria", disse o ministro. "Se a negociação ficar pendurada nos EUA, não sei se funcionará." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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