Geraldo Alckmin: segundo o vice-presidente, com o tarifaço os norte-americanos pagarão mais caro pelo café, pela carne, pelos peixes. (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter especial de Macroeconomia
Publicado em 31 de julho de 2025 às 11h16.
Última atualização em 31 de julho de 2025 às 11h23.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira, 31, o tarifaço aos produtos brasileiros formalizado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, traz prejuízo para os dois países. Segundo ele, o governo continuará a negociação com os norte-americanos, sem abdicar da soberania nacional.
Sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Alckmin também disse que o ex-presidente foi preso e não buscou derrubar a democracia e a Justiça.
"O presidente Lula tem deixado claro que é inegociável a soberania do poder. Um Poder que não tem como interferir em outro. O presidente Lula ficou preso um ano e meio. Não foi um dia e meio e nunca quis derrubar a democracia e poder Judiciário. O presidente Lula é o homem do diálogo, líder sindical, buscar a negociação", disse, em entrevista à TV Globo.
Alckmin também afirmou que o saldo final do tarifaço aponta que 35,9% dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos foram afetados com a sobretaxação. Segundo ele, a ideia é preservar empregos e a produção.
"35% das nossas exportações foram afetadas. Nós vamos nos debruçar nesses 35% e vamos preservar o emprego. As empresas não vão ficar desemparadas. Vamos trabalhar para preservar empregos, produção e avançar em mercados. Diversificar mercado é importante e queremos aumentar o comércio com Estados Unidos", disse.
Alckmin ainda disse que o tarifaço é injustificado diante do superávit histórico que os Estados Unidos possuem na balança comercial com o Brasil.
"Os americanos vão pagar mais caro pelo café, pela carne, pelos peixes", disse.