Lula: governo atual enfrenta muitos desafios em diversos setores (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 16h24.
Última atualização em 22 de janeiro de 2024 às 16h33.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta segunda-feira, 22, que os R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento na nova política industrial do Brasil será um "alento" para que o país saia do patamar em que se encontra e dê um "salto de qualidade".
Contudo, o chefe do Executivo cobrou dos ministros que haja um acompanhamento para garantir o cumprimento das ações previstas.
Chamada de "Nova Indústria Brasil", a política foi apresentada nesta segunda-feira durante evento no Palácio do Planalto. No total, segundo o governo, serão até R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento até 2026.Parte desse recurso, R$ 106 bilhões, já havia sido anunciada na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) em julho. Agora, o governo está incorporando ao montante R$ 194 bilhões, provenientes de diferentes fontes de recursos.
Em seu discurso, o presidente ressaltou que é necessária uma mudança na postura do Brasil perante o mercado externo. "Uma coisa que o ministro Rui Costa disse e que tem de se levar em conta é que muitas vezes, para que se torne competitivo, o Brasil tem de financiar alguma das coisa que quer exportar. A gente não pode agir como sempre agiu que todo mundo é obrigado a gostar do Brasil, que todo mundo vai comprar do Brasil, sem que a gente cumpra nossas obrigações. O debate a nível de mercado internacional é muito competitivo, é uma guerra."
Na esteira, Lula cobrou os ministros por uma continuidade de estudos do ato desta segunda-feira. "É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora totalmente digitalizada como o mundo exige hoje e que a gente possa superar, de uma vez por todas, esse problema de o Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido, estamos sempre na beira mas nunca chegamos lá."
O chefe do Executivo comentou que, inicialmente, o problema do país era o dinheiro, mas que agora, com a incorporação de recursos para financiamento, é possível que gargalos se resolvam com mais facilidade. "Se dinheiro não é problema, então precisamos resolver as coisas com muito mais facilidade", disse.
Na fala, ele cobrou os ministros para que se expandam as fronteiras de maneira comercial para que o país mostre o verdadeiro potencial. "Nós precisamos também fazer com que os empresários brasileiros acreditem um pouco no Brasil."