Economia

Lula diz que Brasil vai procurar outros mercados e não 'ficar chorando' por tarifaço dos EUA

Presidente afirmou que Brasil pode vender mercadorias para países como Índia, China, Rússia e Alemanha

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 14 de agosto de 2025 às 18h58.

Última atualização em 14 de agosto de 2025 às 19h06.

Tudo sobreGoverno Lula
Saiba mais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou novamente, nesta quinta-feira, o tarifaço imposto pelo governo de Donald Trump a exportações brasileiras aos Estados Unidos. Lula disse, porém, que não vai "ficar chorando, rastejando" e reiterou que vai procurar outros países para abrir novos mercados a produtos brasileiros.

— Se os Estados Unidos não quiserem comprar [produtos do Brasil], não vou ficar chorando, rastejando. Vou procurar outros países para vender os produtos que eu vendo para eles e vamos seguir em frente. Eu aprendi a andar de cabeça erguida (...). Quero que este país seja respeitado. Qualquer nordestino é tão importante quanto qualquer americano. Se eu respeito o povo americano, eles têm de respeitar o povo brasileiro — afirmou Lula durante cerimônia de inauguração de uma fábrica da Hemobras em Goiana, Pernambuco.

Lula ressaltou que as justificativas do tarifaço, tanto as comerciais quanto as políticas, não fazem sentido e voltou a dizer que quer negociar, citando os ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). — Todo o mundo preparado para negociar, a hora que quiserem negociar nós sentamos numa mesa.

— Nós vamos ajudar nossas empresas, não vamos deixar morrerem à míngua. Mas também não vamos ficar chorando porque ele [Estados Unidos] parou de comprar, não. Nós vamos vender para a Índia, a China, para a Rússia, a Alemanha, qualquer lugar. Sabe quantos mercados para os produtos brasileiros nós abrimos em dois anos e meio? Quatrocentos, completou ontem, vamos vender carne e miúdos para as Filipinas, que não compravam nada de nós — disse Lula.

O presidente tem buscado conversar com líderes de outros países que foram alvo de tarifas. Na semana passada, telefonou a Xi Jinping, da China, e Narendra Modi, da Índia, além de ter recebido telefonema de Vladimir Putin, da Rússia. Todos esses países são membros fundadores, juntamente com o Brasil, do Brics, grupo que prega o multilateralismo nas relações internacionais.

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaEstados Unidos (EUA)Donald Trump

Mais de Economia

Alckmin celebra corte de tarifas dos EUA, mas cobra fim da sobretaxa

Haddad cobra votação de projeto que pune devedor contumaz na Câmara

PIB cresce em todos os estados em 2023; Acre, MS e MT lideram avanço

Número dos que procuram emprego há 2 anos cai 17,8% em 2025, diz IBGE