Economia

Lobby de autos na China opõe facilitar controle estrangeiro

Ministério do Comércio disse no mês passado que governo provavelmente relaxará restrições sobre investimento estrangeiro em áreas como fabricação de automóveis


	JAC Motors: além do limite de 50% de controle estrangeiro, política atual exige que montadoras estrangeiras montem centro técnico operado em conjunto na China
 (Fernando Moraes/Veja SP)

JAC Motors: além do limite de 50% de controle estrangeiro, política atual exige que montadoras estrangeiras montem centro técnico operado em conjunto na China (Fernando Moraes/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 09h30.

Xangai/Pequim - O lobby de automóveis da China reagiu com ferocidade a uma possível movimentação de Pequim para abrandar as restrições de controle estrangeiro na indústria automotiva, dizendo que a medida pode enfraquecer seriamente a posição de montadoras nativas.

Dong Yang, secretário-geral da Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM, na sigla em inglês), disse que se as regras sobre controle estrangeiro forem relaxadas, as montadoras chinesas perderão o controle de joint-ventures das quais elas hoje detêm e operam em conjunto com montadoras globais.

"O controle estrangeiro limitado a 50% é a luz vermelha que não devemos cruzar pois precisamos proteger nossas marcas chinesas", disse Dong em um comunicado publicado no website da CAAM. O comunicado tinha data de segunda-feira.

"De outro ponto de vista, as restrições atuais não reduziram nem um pouco o entusiasmo de montadoras globais para investir na China, então por que devemos ser mais abertos?"

A oposição da CAAM vem após indícios de vários políticos chineses de que estão considerando o relaxamento de regras sobre o investimento estrangeiro no setor automotivo do país.

O ministério do Comércio disse em uma coletiva de imprensa em Pequim, no mês passado, que o governo provavelmente relaxará restrições sobre investimento estrangeiro em áreas incluindo a fabricação de automóveis.

Além do limite de 50% de controle estrangeiro, a política atual exige que as montadoras estrangeiras montem um centro técnico operado em conjunto na China e que transfiram certas tecnologias para suas parceiras locais.

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