Sede da Fitch Ratings em Nova York: todos os bancos do Brasil com ativos iguais ou superiores a R$ 100 bilhões devem começar a relatar seus LCRs nos resultados finais do ano de 2015 (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2015 às 14h01.
São Paulo - Os grandes bancos brasileiros estão bem posicionados para atender aos requisitos de índices de Liquidez de Curto Prazo (LCR, na sigla em inglês), segundo a agência de classificação de riscos Fitch.
Em junho de 2015, dez bancos foram obrigados a comunicar suas LCRs.
Entre eles, incluem-se três instituições estatais (Banco do Brasil, Caixa e BNDES), três grandes bancos de varejo (Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil), dois bancos de atacado (Safra e Votorantim), além de BTG Pactual e HSBC Bank Brasil (recentemente adquirido pelo Banco Bradesco).
Todos os bancos do Brasil com ativos iguais ou superiores a R$ 100 bilhões devem começar a relatar seus LCRs nos resultados finais do ano de 2015.
Segundo a Fitch, a exigência LCR está em linha com a agenda do Banco Central do Brasil de cumprir com as normas internacionais de Basileia III.
Os requisitos mínimos para o LCR, uma proporção de ativos líquidos de alta qualidade para necessidades de liquidez em um cenário de estresse de 30 dias, serão aumentados em 10% a cada ano a partir do nível inicial de 60%, até que a exigência de 100% seja atingida em 2019.
A Fitch acredita que cada um desses bancos vão atender o requisito de cobertura de 100% no primeiro ano de aplicação da regra.
"Cada banco também é altamente diversificado, financeiramente estável e, com exceção do BNDES, financiado por depósitos do varejo. Além disso, cada um se beneficia de ter amplo acesso aos mercados internacional e doméstico de capitais", diz a Fitch.