Torres de energia elétrica (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2014 às 22h28.
São Paulo - A liquidação financeira no mercado de energia de curto prazo em abril foi de 4,142 bilhões de reais, ante 4,8 bilhões de reais levados à liquidação, o que representa uma inadimplência de 13,79 por cento, segundo informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgadas nesta terça-feira.
A alta inadimplência, segundo a CCEE, deveu-se a impossibilidade de liquidação de 466,6 milhões de reais por força de uma decisão liminar, que suspendeu a cobrança de um agente gerador no último dia útil antes da liquidação.
"Esse valor será lançado a débito aos agentes afetados pela liminar na contabilização de maio de 2014", disse a CCEE em nota.
Desconsiderada esta situação específica, a inadimplência seria 196,3 milhões de reais, ou 4,08 por cento do total liquidado, disse a CCEE.Em março, a inadimplência foi de 1,15 por cento.
Essa foi a terceira liquidação realizada após a criação da Conta-ACR, por meio da qual recursos obtidos em empréstimo com bancos são repassados para cobrir despesas das distribuidoras de energia que, por estarem descontratadas, estão sendo obrigadas a arcar com o preço mais alto da energia de curto prazo.
Em abril foram utilizados 2,27 bilhões de reais do empréstimo bancário de 11,2 bilhões de reais.
No total, já foram utilizados 11,02 bilhões de reais do total captado junto aos bancos, levando em consideração que em fevereiro foram utilizados 4,7 bilhões de reais e em março, 4,05 bilhões de reais.