Economia

Líderes no Senado dos EUA anunciam acordo para orçamento

Caso seja aprovado pelos legisladores, o pacto vai evitar a paralisação do governo

Congresso: McConnell deixou aberta a possibilidade de discutir a lei de imigração (Karen Bleier/AFP)

Congresso: McConnell deixou aberta a possibilidade de discutir a lei de imigração (Karen Bleier/AFP)

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EFE

Publicado em 7 de fevereiro de 2018 às 16h37.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2018 às 17h20.

Washington - O líder da maioria republicana do Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, anunciou nesta quarta-feira um "grande acordo bipartidário" para dotar de recursos o governo federal durante os dois próximos anos fiscais, que, além disso, conta com o consentimento da Casa Branca, de acordo com o próprio senador.

"Pela primeira vez em anos, nossas Forças Armadas terão mais recursos para manter a América segura. Isso nos ajudará a servir os veteranos que nos serviram corajosamente, e garantirá esforços tais como o alívio de desastres, a melhoria da infraestrutura e a construção de nossa luta contra o abuso de opiáceos e a toxicomania", anunciou McConnell no plenário do Senado.

Os fundos federais atuais expiram à meia-noite (horário local de Washington) desta quinta-feira, por isso espera-se que o acordo seja aprovado antes de seu vencimento e assim se evite uma nova paralisação parcial do governo federal.

O acordo alcançado elevaria o teto da dívida federal, cujo limite pode ser atingido no início do próximo mês, e proporcionaria ajuda para os desastres causados por furacões e incêndios florestais.

Além disso, o acordo aumentaria os gastos em defesa em US$ 80 bilhões sobre a lei atual neste ano fiscal, e em US$ 85 bilhões no ano fiscal de 2019.

Os gastos não relacionados com defesa aumentariam em US$ 63 bilhões este ano e em US$ 68 bilhões no próximo.

Os legisladores pretendem combinar o acordo orçamentário de dois anos com uma medida de curto prazo para manter o funcionamento do governo quando os fundos atuais se esgotarem nesta quinta-feira.

Assim, será aprovada uma ampliação dos recursos atuais até 23 de março, como fez ontem a Câmara dos Representantes, enquanto os legisladores preparam os últimos detalhes do acordo de longo prazo.

Segundo o líder da minoria democrata, Chuck Schumer, o acordo estenderá por mais quatro anos - que se somam aos seis já assinados no orçamento temporário - o Programa de Assistência Médica à Infância (CHIP, na sigla em inglês).

"Enquanto o presidente Trump ameaça com paralisações, os líderes do Congresso trabalhavam duro para chegar a um compromisso e a um consenso", constatou Schumer, não deixando escapar a oportunidade de enfatizar as contínuas objeções colocadas pela Casa Branca nas negociações nas últimas semanas.

Além disso, os democratas também conseguiram fundos de US$ 6 bilhões para enfrentar a crise de opiáceos e a toxicomania, uma das suas principais demandas, assim como o pacote que inclui US$ 20 bilhões para o investimento em infraestrutura.

O acordo não inclui, no entanto, nenhuma disposição sobre os jovens imigrantes irregulares conhecidos como "dreamers" (sonhadores, em tradução livre), um dos principais pedidos da oposição. McConnell, no entanto, reiterou em seu anúncio que o debate sobre a questão começará no Senado nos próximos dias.

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