Economia

Líderes governistas estabelecem estratégia sobre MP 664

Com a leitura prevista em plenário para amanhã e a reunião na próxima quinta, o mais provável é que a MP seja votada na terça-feira da próxima semana


	Com a leitura prevista em plenário para amanhã e a reunião na próxima quinta, o mais provável é que a MP seja votada na terça-feira da próxima semana
 (Arthur Monteiro/Agência Senado)

Com a leitura prevista em plenário para amanhã e a reunião na próxima quinta, o mais provável é que a MP seja votada na terça-feira da próxima semana (Arthur Monteiro/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2015 às 10h13.

Brasília - Os líderes da base governista no Congresso vão se reunir com o vice-presidente da República, Michel Temer, na próxima quinta-feira (21) para discutir detalhes sobre a votação das medidas provisórias que tratam do ajuste fiscal, em especial a MP 664.

Segundo o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), a reunião irá definir, entre outras coisas, qual será a abordagem sobre a emenda incluída pela Câmara no texto e que estabelece uma nova fórmula de cálculo para o fator previdenciário. “Isso vai ser parte da estratégia que nós vamos discutir na quinta-feira”, disse hoje o líder petista.

A votação da MP preocupa em razão do prazo apertado. Ela perderá a validade por decurso de prazo se não for aprovada em definitivo pelo Congresso até o dia 1º de junho.

Com a leitura prevista em plenário para amanhã e a reunião na próxima quinta, o mais provável é que a MP seja votada na terça-feira da próxima semana (26).

Se os senadores modificarem o texto aprovado pelos deputados e rejeitarem a emenda deles sobre o fator previdenciário, o texto voltará para última análise da Câmara e corre o risco de não ser votado até o dia 1º.

Assim, o mais provável é que o governo aposte no veto da presidente Dilma Rousseff ao artigo que trata desse assunto e envie novo projeto ao Congresso para propor outra fórmula de cálculo.

A presidente pode ainda manter a proposta aprovada pelo Congresso e negociar um prazo para que a vigência do novo cálculo seja apenas no próximo ano, de modo a não influenciar negativamente o ajuste fiscal do governo em 2015.

Em reunião com a presidente Dilma Rousseff, nesta segunda feira (18), o líder do governo no Congresso disse que já começou a tratar da questão do fator previdenciário.

“Conversamos sobre fator previdenciário. A preocupação é com os efeitos futuros sobre a previdência pública brasileira. O fator previdenciário, se a gente analisar sob o aspecto imediato, [não vai gerar] impacto tão forte. Mas, para um país que está envelhecendo muito, e a previsão é que nós devemos ter - por volta de 2050 - 30% da população acima dos 60 anos de idade, então precisa ter uma preocupação grande”, disse.

Nesta semana os senadores deverão ainda votar a MP 665, que também faz parte do ajuste fiscal. Tanto a 664, quando a 665, modificam as regras para que os trabalhadores tenham acesso a benefícios como seguro-desemprego, seguro defeso, abono salarial e pensão por morte.

As centrais sindicais são contra as duas propostas e prometem comparecer ao Senado durante as votações para pressionar os senadores a serem contrários a elas.

Acompanhe tudo sobre:Ajuste fiscalCongresso

Mais de Economia

Qual estado melhor devolve à sociedade os impostos arrecadados? Estudo exclusivo responde

IPCA-15 de novembro sobe 0,62%; inflação acumulada de 12 meses acelera para 4,77%

Governo corta verbas para cultura via Lei Aldir Blanc e reduz bloqueio de despesas no Orçamento 2024

Governo reduz novamente previsão de economia de pente-fino no INSS em 2024