Economia

Líder do PT compara cortes do governo a orçamento doméstico

Na manhã desta quinta, o governo anunciou um corte de R$ 44 bilhões no orçamento da União


	Vicentinho, do PT: "[Governo] É como uma dona de casa, uma família que é obrigada a cortar os gastos para enfrentar o mês"
 (Renato Araujo/Agência Brasil)

Vicentinho, do PT: "[Governo] É como uma dona de casa, uma família que é obrigada a cortar os gastos para enfrentar o mês" (Renato Araujo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 17h14.

Brasília - O líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho (SP), saiu nesta quinta-feira, 20, em defesa do corte orçamentário anunciado mais cedo pelo Executivo.

Para o petista, a medida demonstra o "zelo" do governo com o controle da inflação e respeito pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "É como uma dona de casa, uma família que é obrigada a cortar os gastos para enfrentar o mês", comparou.

Na manhã desta quinta, o governo anunciou um corte de R$ 44 bilhões no orçamento da União.

O Executivo pretende perseguir uma meta de superávit primário das contas do setor público de R$ 99 bilhões, o equivalente a 1,9 % do Produto Interno Bruto (PIB). "Contingenciamento não quer dizer corte absoluto até o final do ano", afirmou.

Vicentinho ressaltou que os cortes são lineares e disse esperar que a medida não cause transtornos para o governo no Congresso Nacional. Ele rebateu as críticas da oposição de que, ao cortar as emendas parlamentares, o Planalto descumpre acordo com os partidos. "O principal acordo é com o povo", respondeu. O líder chegou a dizer que o corte não atingia a área social, mas depois voltou atrás. "É um corte coerente em todos os segmentos", emendou.

O governo reduziu em R$ 13,3 bilhões a previsão de emendas de parlamentares no Orçamento, que passou para R$ 6,462 bilhões. O documento de programação orçamentária informa que a liberação de limite para as emendas individuais será de R$ 6,510 bilhões, sendo 50% na área da saúde. Estimava-se anteriormente que as emendas impositivas chegassem a R$ 7,8 bilhões.

Já o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), se mostrou apreensivo com o anúncio. "Isso não é uma boa notícia para as emendas impositivas. Vamos ver se é uma coisa linear, que atinge a todos. Vamos examinar", disse.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosGovernoOrçamento federalPartidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições