Economia

Líder do governo deve propor superávit próximo a 0,5% do PIB

O líder do governo na Comissão Mista do Orçamento vai apresentar emenda reduzindo a meta de superávit fiscal para o ano que vem


	Real: proposta deve reduzir a meta atual de 0,7% do Produto Interno Bruto do setor público consolidado para algo em torno de 0,5% do PIB
 (Agência Brasil)

Real: proposta deve reduzir a meta atual de 0,7% do Produto Interno Bruto do setor público consolidado para algo em torno de 0,5% do PIB (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 21h45.

Brasília - O líder do governo na Comissão Mista do Orçamento (CMO), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), anunciou nesta segunda-feira, 14, que vai apresentar na terça-feira, 15, uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016 reduzindo a meta de superávit fiscal para o ano que vem.

A proposta deve reduzir a meta atual de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do setor público consolidado para algo em torno de 0,5% do PIB.

Na prática, haveria um abandono da meta de economia para pagar o serviço da dívida, passando de R$ 43,8 bilhões para algo próximo a R$ 30 bilhões.

Com essa redução, Pimenta quer garantir que não haja o corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família, proposto pelo relator do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Além disso, o deputado quer o retorno da regra que permite abatimento de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do cálculo para o cumprimento da meta fiscal.

A regra de dedução do PAC da meta fiscal, comum na primeira gestão da presidente Dilma Rousseff, foi abolida com a chegada de Joaquim Levy ao Ministério da Fazenda e já foi negada neste ano pela CMO, quando foi analisada a LDO do ano que vem.

A volta do abatimento do PAC, na verdade, reduz o real esforço fiscal, já que o gasto com esse tipo de investimento ficaria livre de restrições orçamentárias.

Na avaliação de Pimenta, a redução da meta não daria uma sinalização negativa ao mercado.

"O Brasil não foi rebaixado porque não fez superávit, o Brasil foi rebaixado, fundamentalmente, em função do baixo crescimento", justificou. "Defendemos o equilíbrio fiscal, mas não podemos ter uma meta inexequível", destacou. Segundo ele, a ideia tem o aval de setores da base do governo e da própria oposição.

O deputado informou que o texto ainda não está fechado e será apresentado só amanhã, dia em que está prevista a votação pelo Congresso da LDO de 2016.

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