Economia

Liberação do FGTS terá impacto de 0,61 ponto porcentual no PIB

O saque das contas inativas injetou R$ 44 bilhões na economia e beneficiou 25,9 milhões de trabalhadores

Caixa: o dinheiro que não foi retirado continuará a ser remunerado pela regra do FGTS (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Caixa: o dinheiro que não foi retirado continuará a ser remunerado pela regra do FGTS (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de agosto de 2017 às 15h20.

Última atualização em 9 de agosto de 2017 às 15h21.

Brasília - O Ministério do Planejamento divulgou nota no início da tarde desta quarta-feira, 9, em que informa que a liberação dos recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve gerar contribuição positiva de 0,61 ponto porcentual no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.

O saque das contas inativas injetou R$ 44 bilhões na economia e beneficiou 25,9 milhões de trabalhadores.

A projeção do ministério foi feita com base em pesquisas de entidades como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que mostraram grande interesse dos beneficiados em quitar dívidas com os recursos sacados do fundo.

"O importante é que essa medida beneficiou milhões de trabalhadores, permitindo acessar um recurso que, na verdade, é dele e usar livremente conforme sua decisão", diz o secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Marcos Ferrari, na nota.

"O que vimos é que esses recursos ajudaram a reduzir o grau de endividamento das famílias e, ao mesmo tempo, contribuíram com a melhoria do nível de atividade, principalmente via comércio, conforme apontam vários indicadores," acrescentou.

Os saques das contas inativas do FGTS são parte da estratégia do governo para tentar ajudar a economia. O prazo para as retiradas começou em março deste ano e terminou no último dia 31 de julho.

Conforme balanço apresentado pela Caixa na segunda-feira, apesar do sucesso da medida, 6,8 milhões de trabalhadores não sacaram seus saldos, deixando R$ 5,85 bilhões nas contas.

O dinheiro que não foi retirado continuará a ser remunerado pela regra do FGTS, que garante 3% ao ano mais Taxa Referencial (TR).

Acompanhe tudo sobre:Caixacontas-inativas-do-fgtseconomia-brasileiraFGTSPIBPIB do Brasil

Mais de Economia

Mesmo com alíquota de IVA reduzida, advogado pode pagar imposto maior após reforma; veja simulações

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad