Economia

Liberação de recursos para empréstimo não muda inflação

Posicionamento foi divulgado pelo BC como resposta a questionamentos se as medidas iriam em sentido contrário à estratégia de controle da inflação


	Prédio do Banco Central em Brasília: autarquia divulgou nota esclarecendo questões sobre as previsões de inflação
 (Wikimedia Commons)

Prédio do Banco Central em Brasília: autarquia divulgou nota esclarecendo questões sobre as previsões de inflação (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 14h20.

Brasília - As medidas anunciadas hoje (25), liberando recursos para os bancos emprestarem a empresas e famílias, não alteram as projeções de inflação do Banco Central (BC). Esse posicionamento foi divulgado pela autarquia como resposta a jornalistas que questionaram se as medidas iriam em sentido contrário à estratégia de controle da inflação.

“O banco acabou de divulgar a ata [da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC], da qual consta a descrição do cenário para a inflação. Além disso, cabe destacar que, como está claro na ata, neste cenário, leva-se em conta a evolução esperada para o mercado de crédito. Em suma, essas medidas em nada alteram as projeções de inflação do Banco Central do Brasil”, diz a nota divulgada pela instituição.

No último dia 16, o Copom optou por manter a Selic (taxa básica de juros da economia) em 11% ao ano, pela segunda vez seguida, após a taxa ter passado por um ciclo de nove altas consecutivas para conter a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao manter a Selic, o comitê indica que elevações anteriores foram suficientes para controlar a inflação.

A ata da última reunião do Copom foi divulgada ontem (24) pelo BC. No documento, a instituição diz que espera por expansão moderada do crédito no país. Para o comitê, o crédito voltado para o consumo passou por uma moderação, de modo que nos últimos trimestres, houve redução de risco para os bancos e de endividamento das famílias.

O Copom também avaliou que a inflação ainda deve manter-se resistente nos próximos trimestres, mas tende a convergir para a meta no futuro, se a Selic, não for reduzida.

As medidas anunciadas nesta sexta-feira pelo Banco Central têm potencial para injetar até R$ 45 bilhões na economia.

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