Economia

Lewandowski condena cúpula do Rural por lavagem de dinheiro

Os sócios de Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, também foram condenados pelo mesmo crime por Lewandowski


	Os ministros do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, Cezar Peluso e Ricardo Lewandowski: o revisor inocentou quatro réus deste capítulo que trata do crime de lavagem de dinheiro
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Os ministros do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, Cezar Peluso e Ricardo Lewandowski: o revisor inocentou quatro réus deste capítulo que trata do crime de lavagem de dinheiro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 19h40.

Brasília - O revisor da ação penal do chamado mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quarta-feira que houve crime de lavagem de dinheiro nos pagamentos e saques realizados por meio do Banco Rural e votou pela condenação de ex-integrantes da cúpula do banco, conforme acusação do Ministério Público Federal e acompanhando o relator, Joaquim Barbosa.

Kátia Rabello, ex-presidente e herdeira do fundador do Banco Rural, e José Roberto Salgado, ex-vice-presidente, tiveram ação "inquestionadamente comprovada" para a prática dos delitos, segundo Lewandowski, e cooperaram para esconder a origem e os destinatários dos valores sacados por indicação do empresário Marcos Valério, que seria o operador do suposto esquema de compra de apoio político.

O revisor condenou ainda Valério por lavagem de dinheiro, afirmando ser ele um dos responsáveis pelo esquema que se utilizou do banco para ocultar origem e destino dos valores. Os sócios de Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, também foram condenados pelo mesmo crime por Lewandowski.

O ministro inocentou quatro réus deste capítulo que trata do crime de lavagem de dinheiro -Ayanna Tenório, Geiza Dias e Vinícius Samarane e Rogério Tolentino.

Sobre Tolentino, advogado de Marcos Valério à época, Lewandowski afirmou que os elementos que estão na denúncia do MPF são "vagos e de caráter especulativo".

"A denúncia é vaga, genérica... Não há nada nos autos que comprovem que ele participou da lavagem feita", disse o revisor.

O advogado de Salgado, Marcio Thomaz Bastos, demonstrou preocupação com as decisões da Corte sobre o crime de lavagem e afirmou que "os donos de banco precisam se preocupar".

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