Economia

Levy reforça ajuste fiscal e redução de subsídio no Facebook

O ministro destacou também a importância da contenção dos gastos públicos no combate à inflação e previu que o IPCA voltará a cair apenas em 2016


	Joaquim Levy: ministro destacou a importância de gastar menos do que arrecada
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Joaquim Levy: ministro destacou a importância de gastar menos do que arrecada (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2015 às 14h12.

Brasília - Apesar do tom informal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, aproveitou bate-papo com internautas no Facebook para reforçar o discurso de ajuste fiscal e redução de subsídios do governo.

Em vários momentos, o ministro falou da necessidade de ajustar os gastos públicos e reduzir os incentivos do governo e voltou a sinalizar a elevação de tributos em um segundo momento do ajuste fiscal.

Levy explicou que tributos reduzidos no passado prejudicaram a arrecadação do governo e "estão fazendo falta".

No entanto, admitiu que se o governo tiver que "ficar aumentando imposto" para conter o endividamento público "vai ser mais difícil a economia melhorar".

Por isso, destacou a importância de gastar menos do que arrecada.

Levy evitou responder quais impostos podem ser elevados. Levy deixou de responder, entretanto, se a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) será recriada e se o governo irá tributar, com imposto de renda, as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA).

O ministro destacou também a importância da contenção dos gastos públicos no combate à inflação e previu que o IPCA voltará a cair apenas em 2016 se o governo conseguir fazer o dever de casa.

O ministro não garantiu a correção real dos benefícios previdenciários, mas apenas com base na inflação.

E defendeu as alterações nas regras de concessões do seguro desemprego, abono salarial e pensões, anunciadas como o primeiro ajuste nas contas públicas.

O ministro foi muito genérico ao comentar sobre câmbio ao responder uma pergunta sobre o custo das viagens internacionais.

Entre os questionamentos que o ministro deixou de responder está também o "novo socorro dos bancos públicos ao setor elétrico", que um internauta perguntou se não seria "repetir 2014".

Pessoas interessadas em concursos públicos também encheram a página de perguntas sobre a reposição de funcionário concursados no Banco Central e ficaram sem resposta de Levy.

No vídeo postado depois de responder às perguntas, ele agradeceu a participação dos internautas e disse que responderá outras perguntas em novas oportunidades.

"Foi muito bom. Teve um monte de perguntas que não pude responder, mas terá outras ocasiões. Eu prometo estar de volta", disse ele, que recebeu mais de 400 perguntas pelo Facebook.

"Vamos estar juntos nessas mudanças com a presidente Dilma Rousseff e trabalhando para o Brasil crescer, criar emprego, fazer aquelas coisas que a gente sabe que é o bom e o certo para o nosso país", concluiu, no vídeo de despedida.

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