Economia

Levy nega problemas na economia e aposta em novo ciclo

Ministro reitera que o governo tem vontade e meios para fazer os ajustes necessários para retomar o crescimento econômico do país


	Ministro da Fazenda, Joaquim Levy: mudanças em alguns benefícios trabalhistas vão impulsionar as medidas para a retomada do crescimento
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministro da Fazenda, Joaquim Levy: mudanças em alguns benefícios trabalhistas vão impulsionar as medidas para a retomada do crescimento (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 15h14.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira que "não existe nada problemático" na economia brasileira, mas advertiu que é necessário "tomar decisões rápidas" para gerar um novo ciclo de crescimento que inclua dar mais impulso para as exportações.

Em boletim divulgado hoje pelo Banco Central, o mercado prevê um encolhimento de 0,5% do PIB neste ano.

"Não há nada de problemático na economia brasileira. Ainda há inúmeras vantagens no país, como nosso capital humano. Temos certeza de que temos condições de fazer essa reengenharia da nossa economia sem grande dificuldade", afirmou Levy na câmara de Comércio França-Brasil, em São Paulo.

Para Levy, no entanto, o governo deve "tomar decisões rapidamente" e "criar e consolidar um novo ambiente, criar as bases para um novo ciclo de crescimento, se valendo dos recursos naturais, um crescimento baseado no nosso capital humano e na nossa capacidade de poupança".

O ministro reiterou que o governo da presidente Dilma Rousseff "tem vontade e meios para fazer os ajustes necessários" para retomar o crescimento econômico.

Levy defendeu as mudanças em alguns benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego, e disse que os ajustes vão deixar estes "instrumentos mais fortes".

Uma das saídas para a economia, segundo é Levy, é o comércio exterior, após a balança comercial registrar em 2014 o primeiro déficit dos últimos 14 anos, com um saldo negativo de US$ 3,93 bilhões.

"É preciso aumentar o vínculo do Brasil com a economia mundial porque o mercado está em transformação. Devemos nos incluir mais nas cadeias de produção, com mais agressividade, mais combatividade para crescer novamente nos mercados estrangeiros", sustentou o ministro. 

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