Economia

Levy não cogita CPMF; Ministério da Saúde nega discussões

Enquanto o ministro da Fazenda disse que não está cogitando a volta da CPMF, o Ministério da Saúde negou que o assunto estivesse na pauta do governo


	O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: Levy disse que não há perspectiva "pelo que eu esteja vendo. Eu não estou cogitando"
 (Simon Dawson/Bloomberg)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: Levy disse que não há perspectiva "pelo que eu esteja vendo. Eu não estou cogitando" (Simon Dawson/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2015 às 17h56.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta sexta-feira que não está cogitando a volta da Contribuição sobre Movimentações Financeiras (CPMF) e o Ministério da Saúde negou que o assunto estivesse na pauta do governo, contrariando notícias veiculadas mais cedo. Questionado por jornalistas sobre a volta da CPMF, Levy disse que não há perspectiva "pelo que eu esteja vendo. Eu não estou cogitando".

Segundo publicado pela imprensa mais cedo, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou durante o Congresso do PT em Salvador (BA) que o governo analisa a volta da CPMF sobre grandes movimentações financeiras, cujos recursos seriam direcionado para financiar a saúde.

A CPMF vigorou no Brasil de 1997 a 2007, quando o governo não conseguiu aprovar sua prorrogação. No fim da tarde, contudo, o Ministério da Saúde enviou nota à imprensa apontando que "não há, no âmbito do governo federal - o que abrange a equipe econômica - nenhuma discussão em curso sobre o tema".

O comunicado destacou ainda que o Ministério da Saúde está acompanhando debates sobre a criação de uma contribuição financeira para a saúde, inclusive com prefeitos e governadores, mas que "o governo federal não trabalha com nenhum modelo novo de financiamento".

INFLAÇÃO

Durante o evento realizado nesta tarde em São Paulo, Levy defendeu a atuação do Banco Central, afirmando que a autoridade monetária tem sido bastante dura para fazer o realinhamento dos preços e passar sinais corretos à economia sem criar inflação.

Levy afirmou ainda que o ajuste fiscal promovido pelo governo está de acordo com esse processo.

O ministro destacou que o governo conseguiu evitar o rebaixamento da nota de crédito do Brasil no início do ano, mas advertiu que se o avanço não continuar, os riscos de rebaixamento voltarão.

Acompanhe tudo sobre:ImpostosJoaquim LevyMinistério da FazendaSaúde no BrasilCPMFMinistério da Saúde

Mais de Economia

Após decisão do TCU, Haddad diz que continuará perseguindo meta fiscal

Senado adia votação de segundo projeto de regulamentação da Reforma Tributária

TCU diz que governo não pode mirar piso da meta fiscal e decisão pode levar a novo congelamento

Senado aprova projeto que cria espaço fiscal para combater impactos do tarifaço