Economia

Leilão para vender petróleo da União só atrai proposta da Shell, diz fonte

Três contratos com validade de um ano serão oferecidos na licitação, que terá sessão pública em 30 de maio

Shell: empresa é sócia em todas as áreas cujo petróleo será comercializado pela PPSA (Marcos Brindicci/Reuters)

Shell: empresa é sócia em todas as áreas cujo petróleo será comercializado pela PPSA (Marcos Brindicci/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de maio de 2018 às 18h57.

Rio de Janeiro - Um leilão agendado para 30 de maio na bolsa paulista B3, no qual a estatal Pré-Sal Petróleo SA venderá petróleo da União produzido em áreas de partilha da produção, recebeu proposta de apenas um investidor, a anglo-holandesa Shell, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta quinta-feira.

O primeiro leilão para venda de petróleo da União era aberto a todas empresas autorizadas a comercializar petróleo, sendo autorizada também a participação de fundos de investimento em consórcios.

Serão oferecidos na licitação, que terá sessão pública às 17h de 30 de maio, três contratos com validade de um ano.

O prazo para apresentação de propostas pelos interessados venceu em 22 de maio, e a análise dos documentos dos lances aconteceu na quarta-feira.

"Houve uma proposta apenas, da Shell... a expectativa era bem maior, mas ninguém veio", disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato porque o assunto é tratado sob sigilo.

A fonte não soube especificar se a Shell apresentou proposta para todos os três contratos que serão oferecidos na licitação e nem os valores envolvidos.

Os contratos do leilão da PPSA envolvem a venda da produção estimada da União em três áreas do pré-sal --a área de desenvolvimento de Mero (em Libra), na Bacia de Santos, de Sapinhoá, na Bacia de Campos, e Lula, também na Bacia de Santos.

A produção estimada da União a ser licitada na área de Mero é de 1,630 milhão de barris de petróleo, enquanto em Sapinhoá são 120 mil barris e em Lula 600 mil barris.

Pelas regras do leilão, o vencedor do certamen tem que adquirir toda a produção do respectivo campo durante um ano, remunerando a União a cada retirada de carga.

A Shell é sócia em todas as áreas cujo petróleo será comercializado pela PPSA.

A área de Mero é explorada por um consórcio formado pela Petrobras (operadora, com 40 por cento), Shell (20 por cento), Total (20 por cento), CNPC (10 por cento) e CNOOC (10 por cento).

Já Sapinhoá tem Petrobras como operadora (com 45 por cento), Shell (30 por cento) e Repsol (25 por cento). Lula é operado pela Petrobras (65 por cento), com os sócios Shell (25 por cento) e Petrogal (10 por cento).

Procurada, a Shell não comentou o assunto imediatamente.

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