Presidente Dilma Rousseff: o setor de petróleo e gás é o que atrai o maior volume de investimentos para o País (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2012 às 00h06.
Londres - A presidente Dilma Rousseff afirmou a executivos britânicos que está interessada em fazer logo os novos leilões do pré-sal. Segundo ela, as próximas rodadas dependem de finalização da parte regulatória do processo.
A questão das datas dos leilões foi levantada por representantes de empresas do Reino Unido que investem no setor no Brasil, durante reunião com a presidente nesta quinta-feira, em Londres. O encontro não estava previsto na agenda de Dilma e ocorreu a pedido dos executivos no fim da tarde (horário local), no hotel onde ela está hospedada no centro da capital britânica.
O setor de petróleo e gás é o que atrai o maior volume de investimentos para o País, onde já atuam grandes companhias britânicas. Tanto que a área também foi tema da reunião de quarta-feira entre Dilma e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, em sua residência oficial, em Downing Street.
No encontro desta quinta, compareceram 16 executivos. Entre eles estavam: o presidente do conselho de administração do BG Group, Andrew Gould; o presidente da BG Brasil, Nelson Silva; o presidente da BP, Bob Dudley; o diretor executivo da Shell, Andrew Brown; a presidente da Anglo American, Cynthia Carrol; o presidente da Tecnologia da Arcelor Mittal, Louis Schorsch; o presidente da Balfour Beatty, Ian Tyler; e o presidente da Rolls Royce, John Rishton.
O interesse dos britânicos por investimentos no Brasil nunca foi tão grande - no ano passado, os aportes somaram US$ 2,7 bilhões. O Reino Unido está mergulhado novamente em recessão e busca formas de retomar o crescimento econômico, por isso está de olho no potencial dos emergentes. A América Latina, que sempre foi negligenciada pelo país, passou a fazer parte central da política externa britânica.
"A reunião de hoje fez parte do apoio que a presidente dá ao desenvolvimento dos negócios", afirmou à Agência Estado o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota.