Economia

Leilão da área de Libra é bem recebido por executivos

A notícia da escolha de Libra como primeira e única área do pré-sal a ser leiloada pelo governo brasileiro foi muito bem recebida por representantes da indústria


	Petróelo: a ANP elevou nesta quinta-feira as estimativas das reservas recuperáveis no prospecto de Libra, na bacia de Santos, que poderão atingir entre 8 e 12 bilhões de barris
 (Luiz Baltar/stock.xchng)

Petróelo: a ANP elevou nesta quinta-feira as estimativas das reservas recuperáveis no prospecto de Libra, na bacia de Santos, que poderão atingir entre 8 e 12 bilhões de barris (Luiz Baltar/stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2013 às 09h42.

Rio de Janeiro - A notícia da escolha de Libra como primeira e única área do pré-sal a ser leiloada pelo governo brasileiro foi muito bem recebida por representantes da indústria, mas executivos ainda aguardam a divulgação do contrato de partilha para dar a palavra final sobre suas expectativas quanto ao primeiro leilão sob o novo modelo de exploração de petróleo.

O presidente da petroleira francesa Total no Brasil, Denis Palluat, afirmou à Reuters que o volume de petróleo divulgado em Libra é suficiente para atrair petroleiras do mundo todo no primeiro leilão de áreas do pré-sal.

O governo separou a área de Libra, a maior reserva de petróleo já descoberta no Brasil, para leiloar na primeira rodada de licitações de direitos de exploração na camada pré-sal, em outubro, informou nesta quinta-feira o órgão regulador do setor.

Segundo o executivo, não se trata de uma área voltada para a arriscada atividade de exploração, mas sim para um estágio mais avançado, de desenvolvimento do campo, no qual se sabe que o petróleo já se encontra ali.

"O governo vai fazer uma experiência com o modelo de partilha a partir da área de Libra ... uma área enorme", acrescentou o executivo da empresa que levou a operação dos blocos mais valorizados na 11a Rodada de Licitações, e uma das que mais investirá no Brasil a partir do leilão realizado na semana passada.

Será a primeira vez que o governo adotará o modelo de partilha para a exploração petrolífera no País, e executivos avaliam que o governo fez bem em colocar apenas uma área para testá-lo.

"A indústria está esperando o contrato de partilha, o grande desafio do governo é fazer um contrato de partilha tão atrativo quanto o de concessão", afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos De Luca, em breve entrevista por telefone.

Segundo ele, a indústria esperava mais blocos, mas foi "um bom começo". Libra aparenta ser um campo "extraordinário" e a indústria espera que seja mesmo um grande campo, como diz a ANP, acrescentou.


Para o especialista Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o governo colocará apenas uma área no primeiro leilão de partilha para testar o novo modelo de licitação -- e o resultado deverá ser bom, pela qualidade do campo.

"A área de Libra é tão gigante e interessante que os riscos regulatórios poderão ser minimizados", afirmou.

A ANP elevou nesta quinta-feira as estimativas das reservas recuperáveis no prospecto de Libra, na bacia de Santos, que poderão atingir entre 8 e 12 bilhões de barris. Tal volume superaria Tupi, com jazidas que foram estimadas em 2007 entre 5 e 8 bilhões de barris de óleo equivalente.

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