Satélite: após o leilão, o presidente da Anatel afirmou que o resultado "demonstra o que os investidores acham da potencialidade do mercado das telecomunicações" (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2015 às 17h47.
São Paulo - Empresas controladas pelo grupo espanhol Hispasat, a canadense Telesat e a emiradense Star Satellite Communications Company garantiram nesta terça-feira os direitos de exploração sobre quatro posições orbitais brasileiras por 15 anos, prorrogáveis por outros 15, informaram fontes oficiais.
O governo federal arrecadou R$ 183,7 milhões no leilão, valor 69,55% superior ao mínimo proposto pelas quatro posições, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A canadense Telesat pagou R$ 89,3 milhões por duas licenças, ambas para explorar a banda Ka em posições orbitais nos 63 graus oeste. A primeira delas custou R$ 42,5 milhões, valor 56,86% maior do que o exigido pela Anatel (R$ 27 milhões).
A segunda posição foi adquirida pelos canadenses por R$ 46,8 milhões, acima dos R$ 44,6 milhões oferecidos pela francesa Eutelsat.
A Star Satellite, dos Emirados Árabes, conseguiu entrar no mercado brasileiro ao vencer a leilão da terceira posição, que lhe dá direito a explorar a banda Ka da posição orbital 20 graus oeste.
A companhia emiradense desembolsou R$ 44,1 milhões, valor 62,7% maior ao mínimo exigido pelo governo federal.
A Hispamar Satélites, operadora que a espanhola Hispasat compartilha com companhia telefônica brasileira Oi, pagou R$ 50,2 milhões pela última das posições leiloadas hoje, superando em 85,63% o valor pedido pela Anatel.
Após o leilão, o presidente da Anatel, João Rezende, afirmou que o resultado "demonstra o que os investidores acham da potencialidade do mercado das telecomunicações do Brasil".
Desde a sua criação, a Anatel realizou seis leilões de concessão de direitos de exploração de satélites. O primeiro deles ocorreu em 1998 e o último no ano passado.