Economia

Le Pen diz que euro é "faca cravada" nas costas da França

Líder da extrema-direita na França afirmou que a saída do euro é apenas uma das medidas de seu programa eleitoral


	Marine Le Pen: Líder da extrema-direita quer que a França saia da zona do euro
 (REUTERS/Gonzalo Fuentes)

Marine Le Pen: Líder da extrema-direita quer que a França saia da zona do euro (REUTERS/Gonzalo Fuentes)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2016 às 16h06.

Paris - A líder da extrema-direita na França, Marine Le Pen, defendeu neste domingom (11) a saída da zona do euro ao afirmar que a moeda única é uma "faca cravada" nas costas do país e usada pela Comissão Europeia para impor austeridade.

Em entrevista à emissora BFM TV, Le Pen mencionou os gregos e os portugueses, que foram "obrigados" a adotar essas políticas e fez uma ironia em uma frase atribuída ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. "Não há democracia contra os tratados europeus", afirmou a líder da extrema-direita francesa.

A presidente da Frente Nacional (FN) afirmou que a saída do euro é apenas uma das medidas de seu programa eleitoral para as eleições presidenciais do próximo ano. Segundo ela, a moeda única europeia gera problemas de competitividade.

Le Pen citou um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) que indica que o euro deveria ser 15% mais valorizado para a economia alemã e 6% desvalorizado para a francesa. A diferença de 21% entre, segundo ela, não pode ser ajustada com a mesma moeda.

A líder da FN, que chegará ao segundo turno das eleições presidenciais de acordo com todas as pesquisas de intenção de voto na França, afirmou que se chegar ao Palácio do Eliseu irá convocar um referendo para que os franceses decidam sua saída da União Europeia, como o Reino Unido fez recentemente.

Le Pen voltou a pedir a renúncia do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, e do diretor-geral da Segurança Interior, Patrick Calvar, ao afirmar hoje os cidadãos "não estão protegidos pelo Estado".

Para defender a saída de ambos, a candidata citou o atentado fracassado da última semana perto da catedral Notre Dame, em Paris, acusando as autoridades de cometerem erros de segurança. 

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