Economia

LCA: crédito ao consumidor dá sinais de desaceleração

Em agosto sobre julho, a expansão havia sido de 0,4%, sendo que o avanço médio mensal de janeiro a julho foi de 1,1%

Crédito fácil na rua: juros ao consumidor estão mais altos (Roberto Setton/EXAME)

Crédito fácil na rua: juros ao consumidor estão mais altos (Roberto Setton/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2011 às 15h59.

São Paulo - O crédito para pessoas físicas, direcionado para o consumo, dá sinais claros de desaceleração, segundo os analistas da LCA Consultores. Ao dessazonalizar os dados de setembro, divulgados hoje pelo Banco Central (BC), a consultoria chegou a um crescimento de 0,3% na concessão de crédito para o consumidor na comparação com agosto. Em agosto sobre julho, a expansão havia sido de 0,4%, sendo que o avanço médio mensal de janeiro a julho foi de 1,1%.

"Antes das medidas macroprudenciais introduzidas pelo BC em dezembro de 2010, o ritmo médio de expansão das concessões era de 1,6% ao mês, na média de janeiro a novembro de 2010", afirmam os economistas da LCA Consultores.

De acordo com eles, quando se excluem as operações de cheque especial e cartão de crédito, linhas mais emergenciais e caras, que têm impacto menor sobre a demanda agregada, a variação em setembro foi menor, de 0,2% sobre agosto.

Paralelamente à desaceleração da concessão de crédito para pessoas físicas no mês passado, a inadimplência ficou estável em setembro na comparação com agosto, mas com uma elevação de 0,8 ponto porcentual acima da taxa observada no mesmo período do ano passado. "Os atrasos de 15 a 90 dias subiram 6,2% da carteira para 6,4%" em setembro ante agosto, dizem os economistas da LCA Consultores.

Acompanhe tudo sobre:ConsumidoresCréditoIndicadores econômicos

Mais de Economia

Qual estado melhor devolve à sociedade os impostos arrecadados? Estudo exclusivo responde

IPCA-15 de novembro sobe 0,62%; inflação acumulada de 12 meses acelera para 4,77%

Governo corta verbas para cultura via Lei Aldir Blanc e reduz bloqueio de despesas no Orçamento 2024

Governo reduz novamente previsão de economia de pente-fino no INSS em 2024