Sergei Lavrov: "já temos uma fila de países que querem fechar acordos com a União Econômica Eurasiática, sejam de livre-comércio ou de cooperação" (Andrey Rudakov/Bloomberg)
EFE
Publicado em 20 de novembro de 2017 às 11h15.
Baku, Azerbaijão - O ministro de Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, disse nesta segunda-feira em Baku que todos os países-membros do Mercosul, além de outras nações da região latino-americana, "fazem fila" para fechar acordos com a União Econômica Eurasiática (UEE) liderada pela Rússia.
"Já temos uma fila de países que querem fechar acordos com a União Econômica Eurasiática, sejam de livre-comércio ou de cooperação. Incluindo países como o Chile e toda a organização Mercosul", declarou Lavrov durante seu discurso perante os estudantes da Academia Diplomática do Azerbaijão.
Em sua visita a Moscou na semana passada, o chanceler da Argentina, Jorge Faurie, defendeu um impulso ao acordo entre Mercosul e Rússia, mas também abrir a porta ao diálogo entre o Mercosul e a UEE, liderada por Moscou e integrada também por Cazaquistão, Quirguistão, Armênia e Bielorrússia.
O Mercosul é integrado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e a Venezuela, embora o status de membro deste último país esteja suspenso desde agosto deste ano.
Lavrov iniciou hoje uma excursão de dois dias pelo Azerbaijão e pela Armênia durante a qual se reunirá com seus homólogos: o azerbaijano Elmar Mamedyarov e o armênio Eduard Nalbandyan.
O conflito entre a Armênia e o Azerbaijão pela autoproclamada república separatista de Nagorno-Karabakh será um dos temas centrais das reuniões.
O conflito remonta aos tempos da União Soviética, quando esse território azerbaijano povoado majoritariamente por armênios pediu sua incorporação à vizinha Armênia, após o que explodiu uma guerra que deixou 25.000 mortos.
Ao final dos combates, as forças armênias tomaram o controle de Karabakh e também ocuparam vastos territórios azerbaijanos, que denominam como "faixa de segurança" e que permitiu unir a região à Armênia.
O Azerbaijão exige que a Armênia abandone os territórios ocupados, que representam cerca de 20% da superfície total do país.