Economia

Lagarde prevê crescimento global mais frágil do que estimado

Durante um ato na capital da Indonésia, a responsável do FMI apontou como razões a lenta recuperação das economias dos países avançados


	A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde: "Esperamos que o crescimento global permaneça moderado e um pouco mais frágil do que o antecipado em julho"
 (Yuri Gripas/Reuters)

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde: "Esperamos que o crescimento global permaneça moderado e um pouco mais frágil do que o antecipado em julho" (Yuri Gripas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 11h26.

Bangcoc - A diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, indicou nesta terça-feira que o crescimento global para 2015 será "mais frágil" do que os 3,3% estimados previamente.

Durante um ato na capital da Indonésia, a responsável do FMI apontou como razões a lenta recuperação das economias dos países avançados, a desaceleração "não brusca, mas também não inesperada" da China e sua incidência nas nações emergentes.

"Esperamos que o crescimento global permaneça moderado e um pouco mais frágil do que o antecipado em julho", quando foi estimado um crescimento de 3,3%, disse.

Em seu discurso no auditório da Universidade da Indonésia, a diretora do FMI ressaltou que as economias emergentes "necessitam estar atentas para conduzir os possíveis efeitos secundários da desaceleração e o ajuste das condições financeiras globais".

Largade apontou para nações que, como a Indonésia e Brasil, apostaram na exportação de matérias-primas ao gigante asiático, cuja demanda começa a cair.

A transição da China para uma economia baseada no mercado será "complexa e poderia ser um caminho de buracos", apontou a chefe do FMI.

A China, cujo mercado financeiro registra um período muito volátil, promulgou uma série de medidas recentemente para reforçar sua economia.

"As autoridades (chinesas) têm as ferramentas políticas e financeiras para conduzir esta transição", ressaltou.

O Fundo Monetário Internacional estima que a Ásia continuará à frente do crescimento da economia mundial, embora a um ritmo mais lento do esperado.

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