Economia

Lagarde julga insuficiente esforço orçamentário da Grécia

Apesar das críticas, o FMI desbloqueou na sexta-feira a quinta parcela do empréstimo ao país

Diretora-geral do FMI, Christine Lagarde: "a solução dos problemas atuais deverá ser elaborada entre sócios" (Paul J. Richards/AFP)

Diretora-geral do FMI, Christine Lagarde: "a solução dos problemas atuais deverá ser elaborada entre sócios" (Paul J. Richards/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2012 às 09h20.

Washington - O esforço realizado pela Grécia para baixar seu déficit orçamentário ainda não é o suficiente, afirmou nesta segunda-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, em coletiva em Washington com as agências de notícias.

"Houve muito trabalho realizado pela Grécia para reduzir o déficit e obter um equilíbrio do orçamento da ordem de 5 pontos do PIB", afirmou Lagarde durante o encontro com os jornalistas.

"É um desempenho considerável, mas sabemos que não é o suficiente, que será preciso fazer mais e que a solução dos problemas atuais deverá ser elaborada entre sócios".

O FMI desbloqueou na sexta-feira a quinta parcela do empréstimo acertado com a Grécia em maio de 2010, de 3,2 bilhões de euros.

Consultada sobre a influência das agências de classificação de risco na crise europeia, Lagarde estimou que "tiveram um papel", mas não precisou qual. "A última coisa que quero fazer hoje, com as discussões em curso sobre a participação do setor privado, é botar mais lenha no fogo".

Lagarde elogiou a gestão do orçamento da Itália, país submetido desde a sexta-feira passada à pressão dos investidores, que jogaram os títulos da dívida italiana ao nível mais baixo desde a criação do euro.

"Algumas das cifras italianas são excelentes. O déficit primário da Itália é um dos mais baixos (...) e grande parte da dívida está com investidores nacionais", destacou.

"Está claro que a Itália enfrenta atualmente problemas que são essencialmente provocados pelos mercados, aos quais, estou certa, o governo italiano e seus sócios europeus estão muito atentos".

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