Economia

Lagarde, do BCE, pede aos governos e à UE que gastem

Lagarde argumentou que o pacote da UE, conhecido como Fundo da UE da Próxima Geração, já pode impulsionar o crescimento este ano

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (François Lenoir/Reuters)

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (François Lenoir/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 8 de fevereiro de 2021 às 15h33.

O Banco Central Europeu vai manter o estímulo abundante em vigor para reanimar a economia atingida pela recessão, mas precisa que os governos continuem gastando, disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, nesta segunda-feira.

Com a zona do euro sofrendo uma recessão profunda no ano passado, os governos gastaram muito para manter a atividade, mas alguns agora parecem relutantes em prorrogar a ajuda, enquanto um pacote de apoio da UE de 750 bilhões de euros ainda precisa ser finalizado.

"A política fiscal - tanto a nível nacional como europeu - continua a ser crucial para apoiar a recuperação", disse Lagarde ao Parlamento Europeu.

Lagarde argumentou que o pacote da UE, conhecido como Fundo da UE da Próxima Geração, já pode impulsionar o crescimento este ano, se for implementado no cronograma originalmente previsto.

Por sua parte, o BCE manterá a sua política monetária ultraflexível, uma vez que o aumento inesperado da inflação no mês passado mascarou a fraca dinâmica do núcleo dos preços.

"As pressões do núcleo dos preços devem permanecer moderadas devido à fraca demanda, baixas pressões salariais e à valorização da taxa de câmbio do euro", disse Lagarde ao Parlamento Europeu. "Nossa promessa de preservar as condições de financiamento favoráveis ​​é crucial no ambiente atual."

Acompanhe tudo sobre:EuropaUnião EuropeiaBCEChristine Lagarde

Mais de Economia

INSS receberá mais R$ 224 mi para manter agências e pagar bônus aos servidores

OCDE: 55% dos trabalhadores da América Latina estão na informalidade

Exportações chinesas caem 1,1% em outubro

Brasil capta US$ 2,25 bi com emissão de títulos sustentáveis, diz Tesouro