Economia

Kassab diz que aumento elevado da meta fiscal não é saudável

Kassab ressaltou que o governo precisa mostrar para a sociedade que quer avançar com a agenda de reformas para fazer a economia voltar a crescer

Kassab: ressaltou que a economia tem melhorado, mas destacou que qualquer mudança no governo "precisa ser muito bem pensada" (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Kassab: ressaltou que a economia tem melhorado, mas destacou que qualquer mudança no governo "precisa ser muito bem pensada" (Antonio Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de agosto de 2017 às 09h30.

São Paulo, 14 - O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD-SP), disse na noite desta segunda-feira, 14, que o governo precisa encontrar um ponto de equilíbrio. Assim como aumentos de impostos não serão bem-vindos, "não é saudável" uma elevação muito significativa da meta fiscal, que prevê déficit primário de R$ 139 bilhões em 2017, segundo o ministro.

"Desde o primeiro momento defendo os ajustes na economia. Sabemos que o governo está procurando encontrar o ponto de equilíbrio", disse Kassab, ao falar das possível razões para a demora da equipe econômica em definir como ficará a meta fiscal para 2017 e 2018. "É uma situação muito difícil para o governo."

O Broadcast noticiou que a meta tanto de 2017 quanto de 2018 deve ser elevada em R$ 20 bilhões, para déficit primário de R$ 159 bilhões, como foi o de 2016. Nesta segunda-feira, chegaram a circular notícias de que a meta saltaria para R$ 170 bilhões. Para Kassab, a elevação precisa ser no menor valor possível.

"Não é saudável aumentar impostos. Não é saudável expandir a meta de uma maneira muito significativa. Essa é a razão com certeza dessa demora (em definir a questão fiscal)", disse a jornalistas logo após participar de evento da Ordem dos Economistas do Brasil que premiou o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, como o economista do ano.

Kassab ressaltou que o governo precisa mostrar para a sociedade que "não abandonou e nem vai abandonar" seu objetivo prioritário, que é o de avançar com a agenda de reformas para fazer a economia voltar a crescer. "Temos que cortar gastos na maior intensidade possível", disse ele, destacando que, se houver elevação da meta, precisa ser no menor valor possível.

O ministro ressaltou que a economia tem melhorado, mas destacou que qualquer mudança no governo "precisa ser muito bem pensada". Ele reafirmou o apoio do PSD ao presidente Michel Temer e às reformas. "Este é meu objetivo pessoal e do meu partido", disse.

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